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Um terço do Paquistão está submerso após temporais; mais de 1.130 pessoas morreram

Autoridades locais afirmam que 33 milhões de pessoas foram afetadas pelas enchentes

O Liberal

As chuvas de monção que começaram em junho deixaram um terço do Paquistão "submerso". A informação foi dada pela ministra da Mudança Climática, Sherry Rehman, que apontou uma "crise de proporções inimagináveis". Desde junho, pelo menos 1.136 pessoas morreram por causa das enchentes, que varreram inúmeras casas e destruíram terras agrícolas, conforme o último balanço da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA), divulgado na segunda-feira (29). As informações são do Portal O Globo.

Ainda de acordo com o governo local, que declarou estado de emergência, mais de 33 milhões de pessoas, uma em cada sete paquistanesas, foram afetadas pelas enchentes e quase um milhão de casas foram destruídas ou severamente danificadas.

"Tudo virou um grande oceano, não há lugar seco para onde você possa bombear a água", disse Rehman, acrescentando que o custo econômico será devastador. Segundo ela, as chuvas são piores do que em 2010, quando duas mil pessoas morreram e quase um quinto do Paquistão ficou submerso.

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Há uma enorme operação de resgate no país, onde a ajuda internacional está chegando lentamente. Autoridades ainda estão tentando alcançar vilarejos remotos nas terras altas do Norte, o que pode aumentar o número de mortos.

A Organização das Nações Unidas (ONU) e o governo paquistanês lançam, nesta terça-feira (30), um pedido de ajuda de US$ 160 milhões. O Fundo Monetário Internacional (FMI) concordou, na segunda-feira, em retomar um programa vital de apoio financeiro ao país e anunciou o desembolso de um pacote de US$ 1,1 bilhão. Porem, o Paquistão precisará de muito mais do que isso para reconstruir sua infraestrutura destruída pelas enchentes. Os preços dos alimentos básicos dispararam e os problemas de abastecimento são sentidos nas províncias mais afetadas.

Mudanças climáticas

Para as autoridades paquistanesas, as chuvas devastadoras foram causas pelas mudanças climáticas e o país está sofrendo as consequências de práticas ambientais irresponsáveis ​​em outras partes do mundo. A monção, que geralmente dura de junho a setembro, é essencial para irrigar as plantações e reabastecer os recursos hídricos no subcontinente indiano, mas tem sua parcela de tragédia e destruição a cada ano.

De acordo com o serviço meteorológico, o Paquistão recebeu o dobro das chuvas normais. Nas províncias do sul do Baluchistão e Sindh, as mais afetadas, as chuvas foram quatro vezes superiores à média dos 30 anos anteriores.

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