Trump volta a dizer que Irã não pode ter bomba atômica e evita falar em intervenção militar

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou nesta sexta-feira (20) que o Irã não pode desenvolver armas nucleares, mas evitou comentar se autorizaria uma intervenção militar americana no conflito entre Israel e o país persa.

“Estamos concedendo tempo ao Irã. Acho que duas semanas serão o máximo”, disse Trump a jornalistas ao desembarcar na Flórida.

Apesar de se definir novamente como “pacifista”, Trump afirmou que é preciso demonstrar força para alcançar a paz. Ainda assim, descartou o envio de tropas terrestres ao Irã.

O presidente também desmentiu a diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, que declarou que o Irã ainda está distante de obter uma bomba atômica. “Ela está errada”, rebateu.

Trump acrescentou que Israel tem capacidade limitada para atacar o programa nuclear iraniano e criticou o uso da energia atômica por Teerã: “Eles têm um dos maiores estoques de petróleo do mundo, não deveriam nem pensar em energia nuclear.”

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‘Não acho que China vai se envolver no Irã’

Trump afirmou que mantém boa relação com o presidente da China, Xi Jinping, e considerou improvável que Pequim se envolva diretamente no conflito entre Irã e Israel.

Ele também declarou que os EUA estão próximos de fechar acordos comerciais com Índia e Paquistão, e mencionou “um pouco de progresso” nas negociações de paz na guerra da Ucrânia.

Críticas à Otan e defesa dos fazendeiros

O republicano defendeu que os países da Otan aumentem os gastos com defesa para 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e criticou a Espanha, que resiste à proposta. “A Espanha gasta pouco em defesa”, afirmou.

Sobre a política de imigração ilegal, Trump reconheceu as dificuldades enfrentadas por fazendeiros que dependem de mão de obra estrangeira. “Não faria nada para prejudicar os fazendeiros”, garantiu.

Por fim, disse acreditar que será difícil convencer Israel a interromper os ataques ao Irã, porque “os israelenses estão indo muito bem na guerra”.