Mulher morre e tem o corpo esquecido por quase três anos dentro de apartamento
A mulher, identificada como Sheila, não tinha familiares ou amigos próximos. Vizinhos reclamavam do odor vindo do apartamento onde o corpo estava

A secretária médica Sheila Seleoane, de 61 anos, foi encontrada morta no início deste ano dentro do apartamento alugado em que morava, em Londres, no Reino Unido. Os detalhes da investigação só foram divulgados neste mês e, de acordo com o legista responsável pelo caso, Julian Morris, foi constatado que o corpo da mulher estava no local há quase três anos após o falecimento e nunca havia sido procurado, pois Sheila não possuía amigos ou parentes próximos.
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De acordo com o jornal britânico "The Guardian", o corpo de Sheila só foi encontrado devido a um alerta emitido à polícia local sobre danos na porta da varanda do apartamento, causados por tempestades. A polícia respondeu ao chamado e foi ao local analisar o que poderia ter acontecido, mas como a moradora não respondia, tiveram que derrubar a porta. Neste momento, as autoridades se depararam com o corpo e o mau cheiro forte dentro da residência.
Desde o falecimento de Sheila, em 2019, os vizinhos próximos ao apartamento se queixavam à Peabody Trust, empresa administradora do local, mas disseram que nunca foram ouvidos. As reclamações eram de um odor muito forte do apartamento de Sheila e havia a presença de moscas e larvas na entrada do imóvel.
“O cheiro era como de um cadáver”, disse um dos vizinhos.
Como prova de que tentaram contato com a moradora, os responsáveis pela Peabody Trust declararam no relatório que isto era feito por meio de envio de e-mails, cartas e ligações, mesmo não obtendo respostas. Os administradores da empresa nunca foram pessoalmente até o local para saber o que poderia ter ocorrido, mesmo com Sheila parando de pagar o aluguel no final do ano de 2019.
O inquérito mostra que a Peabody pediu à polícia local verificar a situação do apartamento após as reclamações dos moradores, mas o policial disse que foi até o imóvel na época e assegurou que Sheila estava bem.
(Estagiária Juliana Maia, sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)
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