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Italiano é processado por dizer que Brasil tem 'seita para mulheres engravidarem'

Nunzio alegou ter recebido uma denúncia anônima sobre “orgias e ritos satânicos” ligados a um grupo que teria como objetivo gerar “crianças sobrenaturais”

O Liberal
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Um empresário italiano está sendo processado por uma professora de português brasileira após divulgar, em meios de comunicação da Itália, que ela faria parte de uma suposta seita criminosa dedicada a engravidar de estrangeiros para extorquir dinheiro. O caso ganhou repercussão nacional no Brasil após ser exibido pelo programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo (11).

A professora, Bárbara Zandomênico, conheceu o italiano Nunzio Bevilacqua em 2021, na cidade de Tubarão (SC). Eles tiveram um relacionamento e viajaram juntos pelo Brasil. Após o término, Bárbara descobriu a gravidez e decidiu permanecer no Brasil durante a gestação. Nunzio retornou à Itália.

Segundo Bárbara relatou ao Fantástico, após saber da gravidez, Nunzio propôs não reconhecer a paternidade nem prestar apoio financeiro. Ela recusou a proposta e solicitou o reconhecimento legal dos direitos da filha.

A criança nasceu em julho de 2022. Um exame de DNA, feito em São Paulo, confirmou a paternidade. Um segundo teste foi pedido por Nunzio, mas negado pela Justiça brasileira.

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Acusações de rituais e extorsão

Após o reconhecimento da paternidade, Bevilacqua declarou à imprensa italiana que teria sido vítima de um esquema criminoso. Em abril de 2024, a emissora RAI divulgou manchetes como: “Italiano vítima de magia e extorsão no Brasil” e “Inventam-se falsas paternidades para arrancar dinheiro”.

Nunzio alegou ter recebido uma denúncia anônima sobre “orgias e ritos satânicos” ligados a um grupo que teria como objetivo gerar “crianças sobrenaturais” para lucrar com pensões alimentícias. Ele ainda sugeriu que, caso os ganhos não fossem atingidos, essas crianças poderiam ser vendidas.

Bárbara nega todas as acusações e afirma nunca ter feito parte de qualquer organização criminosa ou religiosa. “Não existiu golpe. Existia um relacionamento que não deu certo e, dele, existe uma criança — minha filha, filha dele”, disse à TV Globo.

Ela também relatou que uma equipe de TV italiana filmou imagens dela e da filha sem autorização, o que gerou um processo criminal no Brasil. O caso está sendo investigado por calúnia, difamação e perseguição.

A Justiça brasileira concedeu medidas protetivas à professora. Caso venha ao Brasil, Nunzio está proibido de se aproximar dela ou de seus familiares.

O processo segue em andamento, sem prazos divulgados. Até o momento, Nunzio não se pronunciou sobre a ação.

*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com

 

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