Israel terá polêmico 'crachá covid' para permitir trânsito livre

Líder mundial na campanha de imunização contra a covid-19, Israel agora quer dar a pessoas vacinada um documento que permita acesso a academias, shows e restaurantes.

O país já vacinou quatro milhões de pessoas (45% da população), dos quais, 2,6 milhões receberam a segunda dose, segundo o Ministério da Saúde local. É a maior taxa percentual de vacinação do mundo.

O gabinete ministerial anunciou um calendário para saída do terceiro confinamento desde o início da pandemia, graças a uma abrangente campanha de vacinação.

A principal operadora de planos de saúde do país, Clalit, publicou um estudo sobre 1,2 milhão de pessoas que concluiu que a vacina da Pfizer/BioNTech - as empresas com as quais Israel tem um acordo de troca de dados biomédicos - tem uma eficácia de 94%.

Diante desses números, as autoridades planejam reabrir gradualmente academias, museus, shoppings, restaurantes e cafés a partir de domingo (21). Mas não para todos.

O governo anunciou a distribuição de diferentes tipos de crachá: roxo, para os que ainda não foram vacinados, ou que receberam apenas uma dose; e de cor verde, para os que receberam a segunda dose, ou estão "recuperados" da covid-19.

Diferenças

Segundo o planejamento de reabertura, shoppings, bibliotecas, museus, cafés e alguns locais de culto abrirão para os de crachá roxo, ou seja, para todos.

Já academias, eventos esportivos e culturais, restaurantes (com reserva) estarão abertos para os titulares do "crachá verde", ou seja, apenas para aqueles com certificado de dupla vacinação ou de recuperação.

Além dos crachás, os que receberam as duas doses também terão um "passaporte verde", que dará direito a entrar no país depois de uma viagem ao exterior sem a necessidade de cumprir quarentena, mas desde que apresentem um teste negativo de covid-19.