Furacão Melissa será tempestade mais forte da história da Jamaica

Estadão Conteúdo

O furacão Melissa atingirá o solo na Jamaica, no Caribe, nesta terça-feira, 28, como uma tempestade catastrófica de categoria 5, a mais forte a atingir a ilha desde que os registros começaram, há 174 anos. O fenômeno pode afetar até 1,5 milhão de pessoas no país, de acordo com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC, da sigla em inglês). A instituição alertou ainda que o impacto será "massivo".

Mesmo antes de tocar o território jamaicano, Melissa já causou três mortes no país - além de outras três mortes no Haiti e uma na República Dominicana. Deslizamentos de terra, árvores caídas e quedas de energia também foram registrados antes da chegada da tempestade.

A previsão é de que o fenômeno atinja o solo da Jamaica na manhã desta terça-feira, entrando pela região de Saint Elizabeth, no sul, e saindo por Saint Ann, no norte. Na sequência, ele deve atingir Cuba - que já evacuou mais de 600 mil pessoas das cidades que serão mais atingidas, inclusive de Santiago, a segunda maior do país.

Melissa estava a 180 quilômetros de distância da capital da Jamaica, Kingston, e a 465 quilômetros de Guantánamo, em Cuba, na manhã desta terça-feira. O fenômeno tinha ventos máximos sustentados de 280 km/h e se movia a 8 km/h, de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, localizado em Miami. A instituição alertou na noite de segunda-feira, 27, que Melissa trará inundações "catastróficas e ameaçadoras" e "ventos, inundações e ressaca à Jamaica".

"Não há infraestrutura na região que resista a uma tempestade de categoria 5", disse o primeiro-ministro da Jamaica, Andrew Holness. "A questão agora é a velocidade da recuperação. Esse é o desafio."

A região sul do país pode registrar ondas de até quatro metros de altura, o que gerou alerta para os possíveis impactos em alguns hospitais. O ministro da Saúde, Christopher Tufton, disse que alguns pacientes foram transferidos do térreo para o segundo andar e que espera que isso seja o suficiente para protegê-los.

O ministro da Água e do Meio Ambiente, Matthew Samuda, disse que tinha mais de 50 geradores disponíveis para serem usados após a tempestade, mas alertou as pessoas para reservarem água limpa e usá-la com moderação. "Cada gota contará", disse.

As autoridades instruíram os moradores a buscar por abrigos seguros, no entanto, algumas pessoas recusaram-se a deixar suas casas. "Simplesmente não quero ir", disse a pescadora Jennifer Ramdial. "Mesmo que fosse de categoria 6, eu não me mexeria."

"Não vou sair. Não acho que consiga escapar da morte", disse o morador de Kingston Roy Brown. O homem citou as condições e más experiências anteriores em abrigos governamentais para furacões.

Depois de Cuba, a previsão é de que o fenômeno siga em direção as Bahamas e atinja a região na noite de quarta-feira, 29. Um alerta de tempestade tropical também foi emitido para as Ilhas Turks e Caicos. (Com agências internacionais).

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