Finlândia se torna o 31º membro da Otan e Rússia fala em retaliações
O ingresso do país nórdico na Otan é uma derrota estratégica para Vladmir Putin, que invadiu a Ucrânia em fevereiro do ano passado

Nesta terça-feira (04), a Finlândia irá tornar-se o 31º membro do Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar fundada pelos Estados Unidos com seus aliados para conter o avanço da antiga União Soviética na Europa em 1949. O país nórdico fez seu pedido de adesão em julho de 2022
O ministro das Relações Exteriores da Finlândia, Pekka Haavisto, concluiu o processo de adesão entregando um documento oficial ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. Ainda na manhã desta terça-feira, a bandeira da Finlândia foi hasteada na sede da OTAN em Bruxelas, na Bélgica.após o país ser oficializado como o mais novo membro da aliança militar.
Com isso, o país nórdico fica automaticamente protegido por todos os membros da aliança militar ocidental, como os Estados Unidos. Ou seja, caso o território finlandês, que divide 1,3 mil quilômetros de fronteira com a Rússia, seja invadido, tropas da Otan automaticamente são convocadas para intervir e para defendê-lo.
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O ingresso da Filândia na Otan é uma derrota estratégica para Vladmir Putin, que invadiu a Ucrânia em fevereiro do ano passado. Um ponto central do "casus belli" do Kremlin era evitar que Kiev entrasse na Otan, permitindo o posicionamento de forças hostis da aliança junto à fronteira russa.
Rússia fala em retaliações
O governo russo já anunciou retaliações. Nesta terça-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que Moscou "será forçada a tomar medidas para assegurar a segurança da Rússia" em resposta à adesão da Finlândia à Otan. Ele chamou a decisão do país vizinho de uma "ameaça hostil" à segurança do território russo.
A Finlândia conseguiu a adesão à aliança militar ocidental na semana passada, depois que o parlamento turco aprovou a entrada do país. Na Otan, a aprovação de um novo membro requer aprovação por unanimidade entre todos os países já membros da aliança.
(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).
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