Ex-presidente da Rússia diz que adesão da Ucrânia à Otan significaria "guerra"

Para Dmitry Medvedev, a adesão do país vizinho iria além de uma ameaça direta à segurança de Moscou e só a "prudência" em nome da aliança poderia evitar que o planeta fosse despedaçado

Lidia Kelly / Reuters
Sputnik / Alexei Maishev / Pool via Reuters
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O ex-presidente russo, Dmitry Medvedev, disse que a adesão da Ucrânia à Otan seria uma declaração de guerra contra Moscou e que só a "prudência" em nome da aliança poderia evitar que o planeta fosse despedaçado.

Os líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte comprometeram-se em sua cimeira da semana passada a apoiar a Ucrânia em um “caminho irreversível para a plena integração euro-atlântica, incluindo a adesão à Otan”, mas deixaram em aberto quando essa adesão poderia acontecer.

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Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e uma voz de liderança entre os falcões do Kremlin, disse ao meio de comunicação Argumenty I Fakty que a adesão da Ucrânia iria além de uma ameaça direta à segurança de Moscou.

“Isso, em essência, seria uma declaração de guerra -- embora com atraso”, disse ele em comentários publicados na quarta-feira (ainda terça-feira no Brasil). "As ações que os oponentes da Rússia têm tomado contra nós há anos, expandindo a aliança... levam a Otan a um ponto sem retorno."

Numa linha padrão do Kremlin desde a invasão em grande escala da Ucrânia por Moscou em 2022, Medvedev disse que a Rússia não ameaçava a Otan, mas responderia às tentativas da aliança de promover seus interesses.

“Quanto mais tentativas deste tipo existirem, mais duras se tornarão as nossas respostas”, disse Medvedev. "Se isso irá despedaçar o planeta inteiro depende unicamente da prudência do lado (da Otan)."

(Reportagem de Lidia Kelly em Melbourne e Ronald Popeski em Winnipeg)

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