Ex-funcionário é demitido por não socializar no trabalho e ganha processo contra a empresa
O homem argumentou que as atividades envolviam "happy hours", simulação de atos sexuais, apelidos grosseiros e a exigência que ele dividisse a cama com outro colega de trabalho

O ex-funcionário de uma empresa em Paris, identificado apenas como Sr. T, foi demitido em 2015 por não participar das atividades de socialização, incluindo beber com os colegas após o trabalho. Sete anos após processar os ex-patrões, o homem obteve decisão favorável junto à justiça.
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Sr. T trabalhava na empresa Cubik Partners, especializada em consultoria de gestão. O homem argumentou que as atividades envolviam, ainda, "práticas humilhantes e intrusivas", além de "promiscuidade". Entre as atividades sugeridas nos "happy hours", havia a simulação de atos sexuais, apelidos grosseiros e a exigência que ele dividisse a cama com outro funcionário durante o turno de trabalho.
Em sua defesa, a empresa afirmou que usava uma abordagem "divertida" quando se tratava de atividades de construção de equipes, que incluem encorajar seus funcionários a se reunirem em "pubs" após o expediente. A Cubik Partners argumentou que as atitudes do funcionário francês eram "desmotivadoras".
Segundo o site francês “Les Nouvelles”, no julgamento ocorrido em novembro, o tribunal determinou que o homem tinha direito à "liberdade de expressão" e que a empresa não podia demitir o funcionário sem justa causa, simplesmente porque ele se recusava a sair com os colegas de trabalho. Na decisão, o tribunal ordenou que a empresa pagasse ao ex-funcionário o valor de 3 mil euros (cerca de R$ 16,5 mil na cotação atual).
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