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Ex-cardeal McCarrick, dos EUA, é destituído do sacerdócio por crimes sexuais

Segundo o Vaticano, crimes foram ainda mais sérios devido ao "fator agravante do abuso de poder"

Reuters

O ex-cardeal católico norte-americano Theodore McCarrick foi expulso do sacerdócio da igreja Católica após ter sido considerado culpado por crimes sexuais contra menores de idade e adultos, disse o Vaticano neste sábado.

O papa Francisco determinou que a decisão, que foi seguida por uma apelação do homem que foi poderoso como arcebispo de Washington, D.C., de 2001 a 2006, seja definitiva.

Segundo uma declaração do Vaticano, seus crimes foram ainda mais sérios devido ao "fator agravante do abuso de poder".

McCarrick, que em julho se tornou o primeiro sacerdote de alto nível da Igreja Católica a perder o título de cardeal em quase 100 anos, agora se tornou a figura mais importante da igreja a ser destituído do sacerdócio nos tempos modernos.

A decisão ocorre com a igreja lidando há décadas com uma crise de abuso sexual que expôs como padres predadores foram transferidos de paróquias em paróquias em vez de serem destituídos ou entregues às autoridades civis.

Com a decisão, o Papa Francisco parece sinalizar que mesmo aqueles no alto escalão da hierarquia serão responsabilizados.

A decisão, tomada pela Congregação do Vaticano pela Doutrina da Fé três dias atrás, foi anunciada antes da reunião da próxima semana entre chefes de igrejas católicas nacionais no Vaticano para discutir a crise de abuso global.

A expulsão significa que McCarrick não pode mais se considerar um padre ou celebrar sacramentos, embora possa atender a uma pessoa no leito de morte em uma emergência.

As alegações contra McCarrick remontam há décadas atrás, quando ele ainda estava em sua trajetória rumo ao topo da hierarquia no país.

McCarrick, que tem vivido em reclusão no Kansas, respondeu publicamente a apenas uma das alegações, dizendo que ele "não tem nenhuma lembrança" de um suposto caso de abuso sexual de um garoto de 16 anos há mais de 50 anos. McCarrick também foi considerado culpado pelo crime de usar o pretexto do sacramento da confissão para cometer um ato imoral com um penitente.

Um dos homens que alega que McCarrick abusou dele quando era criança disse que McCarrick, na época um padre, tocou seus genitais durante uma confissão.

Separadamente, vários padres e ex-padres disseram que McCarrick usou sua autoridade para coagi-los a dormirem com ele quando eram seminaristas já adultos.        

Francisco pediu investigação completa em 2018 de todos os documentos na Santa Sé sobre McCarrick. As quatro dioceses norte-americanas onde ele serviu - Nova York, Metuchen, Newark e Washington, D.C. – lançaram investigações independentes.

O Papa quer que o caso seja concluído antes de ir ao encontro das igrejas Católicas nacionais no Vaticano, entre 21 e 24 de fevereiro, para discutir a crise, disseram três fontes.

A reunião dá a ele uma chance de responder às críticas das vítimas de abuso de que ele vacilou ao lidar com a crise e que não fez o suficiente para responsabilizar os bispos.

McCarrick já recebeu uma das mais severas punições antes da expulsão. Quando o Papa aceitou sua renúncia como cardeal em julho, ele também ordenou que se afastasse do ministério público e vivesse em reclusão, orando e se penitenciando. 

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