Empresa vai parar de vender talco após alegações de que o produto contém item cancerígeno
Johnson & Johnson anunciou que o produto deixará de ser comercializado a partir do ano que vem

Uma empresa anunciou, nesta sexta-feira (12), que deixará de comercializar o pó de bebê à base de talco no próximo ano, após milhares de mulheres que desenvolveram câncer de ovário moverem ações judiciais contra a fabricante. O produto, da marca Johnson & Johnson, não é vendido nos Estados Unidos e Canadá desde 2020. Com informações da CNN.
A marca afirma que se mantém confiante na segurança do produto. Mas deixaria de vender o pó à base de talco em todo o mundo como parte de uma “avaliação de portfólio mundial”. “Avaliamos e otimizamos continuamente nosso portfólio para melhor posicionar os negócios para o crescimento de longo prazo”, disse a empresa em comunicado. Em vez disso, a empresa fará com amido de milho.
Várias fabricantes de pó de talco colocaram rótulos com alerta nos produtos, mas a Johnson & Johnson defendeu que o tal rótulo seria confuso, já que defendia o produto.
Algumas pesquisas científicas mostraram que algumas mulheres possuem um risco maior de desenvolver câncer de ovário com o uso frequente do talco na região genital. As ações movidas contra a empresa alegaram que o amianto no pó de talco causa câncer.
Um júri de St. Louis emitiu um veredicto de US$ 4,7 bilhões contra a empresa em 2018, dizendo que a empresa foi negligente e não alertou os consumidores sobre possíveis riscos à saúde de seu talco.
“Nossa posição sobre a segurança de nosso talco cosmético permanece inalterada. Estamos firmemente por trás das décadas de análises científicas independentes por especialistas médicos de todo o mundo que confirmam que o talco Johnson’s Baby Powder é seguro, não contém amianto e não causa câncer”, disse no anúncio desta sexta-feira.
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política)
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