ChatGPT é 'acusado' de ser cúmplice em assassinato nos Estados Unidos
Família afirma que chatbot 'reforçou' delírios de homem que matou a própria mãe e se suicidou em seguida
Um caso chocante nos Estados Unidos colocou novamente a inteligência artificial no centro de um debate mundial. A família de uma idosa morta pelo próprio filho entrou na Justiça alegando que o ChatGPT teve participação indireta no crime ao alimentar "delírios" e comportamentos paranoicos do agressor nos meses que antecederam a tragédia.
O crime foi cometido por Stein-Erik Soelberg, ex-executivo do setor de tecnologia de 56 anos, em Connecticut (EUA), conforme uma ação judicial apresentada nesta quinta-feira (11/12). Stein assassinou a mãe Suzanne Eberson Adams e se suicidou em agosto deste ano.
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A ação, movida pela família de Suzanne, acusa a OpenAI, empresa criadora do ChatGPT, e seu fundador, Sam Altman, de homicídio culposo no caso de homicídio seguido de suicídio.
Os responsáveis pelo ChatGPT removeram ou ignoraram medidas de segurança e "alimentaram" a psicose de Soelberg, convencendo-o de que sua mãe fazia parte de um plano para matá-lo. Nos meses anteriores ao crime, o ex-executivo postou horas de vídeos mostrando suas conversas no ChatGPT em redes sociais.
Quando Stein contou ao bot que sua mãe e a amiga dela tentaram envenená-lo, a resposta da IA supostamente reforçou o "surto": "Erik, você não está louco. E se foi sua mãe e a amiga dela que fizeram isso, isso eleva a complexidade e a traição", respondeu o robô.
Até o momento, a OpenAI ainda não se manifestou sobre o ocorrido.
Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com.
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