Assassinato de menina de 12 anos choca a França; corpo foi encontrado em uma caixa

Autoridades francesas investigam o assassinato de uma menina de 12 anos, chamada Lola, cujo corpo foi encontrado dentro de uma caixa de plástico transparente, escondido por tecidos, com os pés e mãos amarrados e um corte no pescoço. O crime, ocorrido em Paris, capital da França, chocou o país. As informações são da BBC Internacional.

O pai de Lola, que trabalha como porteiro no bloco residencial onde a família da garota mora, procurou as autoridades porque a menina não havia retornado da escola, que fica atrás do edifício onde vivia. Na última sexta-feira (14) o corpo foi descoberto em uma caixa nas proximidades de seu prédio. Duas malas de mão estavam ao lado da caixa.

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A autópsia revelou que Lola morreu por asfixia. Dois post-its estavam em seus pés: em um, lia-se "0" e no outro, "1". Uma jovem de 24 anos, nascida na Argélia e identificada como Dahbia B, foi presa no sábado como a principal suspeita do assassinato. Ela aparece em um vídeo de segurança do prédio entrando pela porta principal do prédio, na tarde de sexta-feira, na companhia de Lola. No mesmo dia, mais tarde, ela foi vista saindo do prédio puxando um contêiner e depois agindo de forma estranha na rua.

Segundo uma testemunha, a mulher estaria oferecendo dinheiro para quem a ajudasse em um "caso de tráfico de órgãos", mas a polícia disse não acreditar que isso seja verdade. Para as autoridades, Dahbia B, que não tem endereço fixo, é psicologicamente instável e agiu de forma "gratuita".

Um homem de 43 anos também está sob custódia, porque teria transportado Dahbia B e o contêiner em seu carro. A mulher, depois, teria voltado ao prédio, onde sua irmã também mora, e as duas irmãs teriam tido uma briga barulhenta. A jovem, então, saiu novamente do edifício, desta vez sem o contêiner.

A primeira-dama da França, Brigitte Macron, descreveu o assassinato como uma "tragédia absolutamente abominável e intolerável". O crime também abalou pais e crianças que estudam na mesma escola de Lola. Equipes de apoio psicológico foram enviadas para confortar os alunos.

"Minha filha chorou o fim de semana inteiro. Ela não conseguiu dormir", disse Gasmi, pai de dois filhos, ao jornal francês Le Parisien. "Não podemos confiar em ninguém agora em nosso bairro. Tenho muito medo pelos meus filhos”, completou.