Após cerco de duas semanas, Exército de Israel se retira do hospital Al-Shifa
Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram sua retirada do local em um comunicado, dizendo que haviam concluído "atividades operacionais precisas" na área

Depois de 14 dias de cerco, as forças militares israelenses retiraram-se do maior hospital de Gaza, o Al-Shifa. Testemunhas e autoridades da região relatam que o centro médico ficou, em grande parte, destruído. O porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Bassal, disse, nesta segunda-feira (1º), que "a situação é muito má".
Segundo ele, o Al-Shifa está "completamente destruído e incendiado. Muitos de seus edifícios estão totalmente destruídos ou carbonizados". E acrescentou: "Feridos e mortos enchem o terreno do hospital", completando ainda que "há corpos enterrados nos pátios do hospital". Imagens da região mostraram a destruição generalizada. Mais de 30 feridos foram transportados do Al-Shifa para o Hospital Batista Al-Ahli, a leste da cidade de Gaza, disse Bassal.
Foi em um comunicado nesta segunda-feira (1º) que as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram sua retirada do local, dizendo que haviam concluído "atividades operacionais precisas" na área. Controlado pelo Hamas, o Ministério da Saúde de Gaza disse que cerca de 3 mil pessoas estavam dentro do Al-Shifa quando as FDI iniciaram o seu ataque em 18 de março, e que aqueles que tentavam sair estavam sendo alvo de franco-atiradores e helicópteros.
VEJA MAIS
Antes, o Hamas havia acusado Israel de atingir alvos "sem levar em conta" os pacientes ou a equipe médica no interior. "Os veículos militares estão disparando contra as janelas dos edifícios do hospital e contra qualquer pessoa que seja pega movimentando-se entre os corredores", disse à CNN Hamada Abdelhadi, palestino refugiado que se abrigava no Al-Shifa, em março.
Considerando o direito internacional, é proibido atacar hospitais em tempo de guerra, mas esses padrões mudam se combatentes inimigos estiverem usando a instalação para atacar um inimigo. De acordo com o Exército israelense, civis, pacientes e equipes médicas foram evacuados durante a operação. Já testemunhas disseram que equipes médicas e outros civis foram detidos pelas tropas israelenses.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA