Técnico Gerson Gusmão não aceita rescisão de contrato com o Remo, que busca acordo ou reapresentação

Em meio ao processo de desmanche do elenco, o Remo encontrou um problema. Se as negociações com os jogadores têm transcorrido com tranquilidade e os acordos sendo firmados paulatinamente, o mesmo não ocorreu com o técnico Gerson Gusmão. O presidente Fábio Bentes confirmou, durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (26), que o treinador que esteve à frente do time profissional na reta final da Série C não aceitou a proposta de rompimento de contrato.

“Num primeiro momento, não houve entendimento de rescisão. Como não houve, a gente solicitou que o profissional se reapresentasse ao clube. Ele está optando por não se reapresentar. Seria para cumprir o contrato, que seria até o final da Série C. E a gente provavelmente deve entrar em processo de litígio porque não se está conseguindo chegar em um entendimento”, explicou Bentes.

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A entrevista coletiva desta sexta foi organizada pelo presidente do Remo para confirmar a não participação na Copa Verde de 2022. Com isso, o clube ratifica o encerramento das atividades do futebol profissional na temporada, já que não há mais competições para o time este ano. Por isso é do desejo da diretoria a rescisão com Gusmão, que também não está nos planos da gestão azulina para 2023.

“A gente entende que quando se acaba um projeto é natural que não se continue com os vínculos, mas a gente tem um contrato com um profissional e ele precisa ser cumprido. Se a gente não teve um acordo para a rescisão, o profissional se reapresenta e segue o contrato. Isso é normal em qualquer equipe, vemos todos os dias acontecendo no futebol. Ele está optando por não se reapresentar, isso está gerando um litígio. Deve ser o único dessa temporada”, prosseguiu Fábio Bentes.

Veja a entrevista coletiva completa:

De acordo com o dirigente remista, as conversas com Gerson Gusmão não têm avançado. Bentes afirma que o treinador não está em Belém e quer continuar recebendo o salário até o final de outubro, quando naturalmente acaba o vínculo contratual. De acordo com apuração de O Liberal, este valor é de cerca de R$ 90 mil mensais - somando, também, demais membros da comissão técnica.

“Não sei dizer se isso vai virar ação. Nós estamos dispostos a entrar em acordo. Se ele vier cumprir o contrato, nós vamos pagar nossas obrigações. Quando você assina um contrato você assume obrigações. Estamos convocando o profissional para se apresentar para que a gente possa cumprir suas obrigações conosco e a gente com ele. Se ele não se apresentar, provavelmente pode acontecer isso [ação na Justiça]. Da parte do Remo, a gente quer que ou ele entre em acordo ou se reapresente para cumprir o contrato. O que não dá é ficar pagando para ele ficar na casa dele”, concluiu o presidente Fábio Bentes.

O calendário oficial de 2023 da Federação Paraense de Futebol ainda não foi fechado, mas a expectativa atual é de que o Parazão seja iniciado na primeira quinzena de janeiro. Desta forma, a pré-temporada remista deve ser realizada em dezembro, cerca de 30 dias antes do pontapé inicial do estadual.