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Remo: Carlos Alberto revela vontade de chorar após cura de doença rara

Meia de 24 anos ficou quatro meses em tratamento por conta de uma aplasia medular

Nilson Cortinhas
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Carlos Alberto, embora tímido, de fala moderada, revelou que estava próximo de chorar durante a coletiva. O atleta mesclava sentimentos como felicidade e alívio. O meia Carlos Alberto, natural de Santa Catarina, recebeu a notícia de que o tratamento evoluí de forma satisfatória no início de 2020. E já sabia que a tendência era que voltasse a jogar futebol normalmente. "Eu estava em casa. Minha namorada estava comigo e chorei. Agora, estou feliz. Sou, acima de tudo, um ser humano. E serei grato pelas pessoas que me ajudaram. A própria torcida do Paysandu, que também ajudou", disse, referindo-se a campanha para arrecadar sangue.

Aliás, o dicionário de Carlos Alberto tem uma palavra essencial para o momento: gratidão. "Não tenho nem palavras. Mas espero estar logo ajudando o Remo. Não tenho nem como agradecer. Foi o momento mais difícil da minha vida. Só perguntava quando podia jogar. Eu sou emocional. Estou me aguentando para não chorar", disse, durante a coletiva.

Carlos Alberto se disse motivado para 2020. "Minha vontade é jogar domingo (risos). Mas, acredito que no próximo mês já esteja treinando com o grupo".

O meia disse que foi bem recepcionado pelo elenco azulino de 2020. "Eles ainda brincaram que estava gordinho (risos). Foram seis meses só comendo e dormindo. Acredito que sentirei no começo. É um milagre de Deus dar essa entrevista e voltar a jogar. Na minha reestreia, vou estar bem feliz".

Ele faz planos a curto e médio prazo. "Quero subir o Remo para a Série B e conseguir o título paraense, além de voltar a jogar e sentir a torcida. Quero atingir o que estava jogando ou mais".

O CASO

Em agosto de 2019, Carlos Alberto foi afastado do elenco azulino durante a Série C do Brasileirão, por conta de uma aplasia medular, que é uma doença rara caracterizada pela produção insuficiente de células sanguíneas na medula óssea. Carlos Alberto correu sérios riscos de vir a falecer.

O Remo, em atendimento à legislação esportiva, ampliou o contrato com Carlos Alberto até o fim deste ano, além de dar todo o suporte clínico durante todo o tratamento. Não foi necessário transplante. O tratamento foi medicamentoso.

O médico Jean Klay informou que Carlos Alberto possuiu níveis de sangue considerados normais. "Em julho, esse nível de sangue era baixo ameaçava a vida do atleta. Hoje, não. Está completamente normal, compatível com um atleta profissional".

Ainda segundo Jean Klay, apesar da liberação do atleta, Carlos Alberto seguirá em tratamento. "O Carlos Alberto não recebeu alta. Mas o quadro possibilita que faça atividades físicas. Faz parte do tratamento exames periódicos, até mais do que outros atletas", avaliou.

Ainda em tratamento, Carlos Alberto seguirá usando medicamentos. E considerando-se o fato, o departamento médico do Remo fez uma consulta junto à Confederação Brasileira de Futebol informando sobre os remédios que o atleta usará, de forma a evitar qualquer tipo de problema com o controle de dopagem.

Segundo Henrique Custódio, a CBF deu o aval positivo, o que possibilita o retorno às atividades do atleta. A previsão é de uma retirada gradual dos medicamentos. A ideia é que Carlos Alberto não os utilize mais esses remédios a partir do mês de julho próximo.

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