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Jaderson apresenta nova melhora e deixa fase crítica após choque de cabeça no Re-Pa, afirmam médicos

Segundo corpo médico do clube, jogador tem tido “os melhores dias” desde que foi internado.

Caio Maia
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O meia Jaderson, do Remo, que está internado na UTI após sofrer um choque na cabeça no primeiro clássico Re-Pa da final do Campeonato Paraense de 2025, apresentou melhora clínica pelo segundo dia consecutivo. A informação foi confirmada pelo corpo médico do clube em entrevista coletiva concedida na tarde desta terça-feira (13).

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Participaram da conversa com jornalistas o presidente do clube, Antônio Carlos Teixeira, o chefe do departamento médico azulino, Jean Klay, e o neurocirurgião Amilton Júnior, que recebeu Jaderson no hospital. Na entrevista, eles afirmaram que o jogador não vive mais a fase crítica do pós-trauma e que tem tido “os melhores dias” desde que foi internado.

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“Domingo, talvez, tenha sido o dia mais crítico do Jaderson aqui. A gente, entendendo isso, decidiu sedá-lo um pouco mais, para que ele ficasse desconexo e não compreendesse que haveria, naquele dia, a final do campeonato. Depois da partida, falamos para ele o que ocorreu em campo e eu mesmo fiz questão de trazer a medalha de campeão. Felizmente — coincidência ou não — após o título ele teve uma melhora fantástica. Ontem ele teve um dia ótimo e hoje está na melhor fase desde que chegou aqui. Esperamos só trazer notícias boas a partir de agora”, disse Jean Klay, chefe do departamento médico do Remo.

Segundo os especialistas, logo após a chegada ao hospital, Jaderson apresentou pioras progressivas, mas sempre dentro do esperado pelos médicos. De acordo com o neurocirurgião Amilton Júnior, após traumas significativos na cabeça é normal haver pioras no quadro clínico até quatro dias após a lesão.

image Tonhão (à esquerda), presidente do Remo, e Jean Klay (à direita), chefe do departamento médico azulino (Thiago Gomes/ O Liberal)

“As pioras são naturais e acontecem mesmo com as medidas que estávamos tomando. Então, a cada piora clínica, fazíamos uma tomografia para verificar o estágio de evolução do edema. A partir disso, passávamos a tomar outras medidas, mas tudo isso fazia parte do processo”, explicou o médico.

Previsão de retorno

O retorno de Jaderson aos gramados ainda é incerto. Segundo Amilton Júnior, o tempo de recuperação de atletas costuma ser menor do que o habitual. Apesar disso, ele fez uma projeção cautelosa sobre quando o camisa 10 azulino poderá iniciar as primeiras atividades no clube.

“Inicialmente, estamos preocupados com a vida. Estamos num período de instabilidade, então fica muito difícil prever o que vai acontecer. No entanto, não acredito que ele volte em menos de 30 dias. Não falo nem em jogar, mas em realizar alguma atividade. Mesmo assim, não posso cravar isso. O que posso garantir é que ele está sendo avaliado a cada minuto para que possa voltar a campo de maneira segura”, avaliou. 

Aprendizado

A lesão de Jaderson promete ser um marco para o futebol paraense, segundo Jean Klay. O médico afirma que não há precedentes para esse tipo de lesão na literatura médica esportiva. Por isso, defende a adaptação do protocolo de concussão cerebral para que situações semelhantes sejam detectadas com mais rapidez. Ele chegou a sugerir a adoção de uma espécie de “VAR médico”.

“O caso do Jaderson nos mostra que não temos como saber a dimensão de um trauma na cabeça sem exames de imagem. Este ano mesmo tivemos o caso do Edson Kauã, que não conseguimos detectar em campo. Ele precisou sair no intervalo para que pudéssemos ter certeza da concussão. Por isso, defendo o ‘VAR médico’, para que choques como esse, não perceptíveis a olho nu, sejam avaliados. Faço um alerta e consulto a literatura médica para saber se já houve um caso tão sério como o do Jaderson. Não dá para descobrir em campo", finalizou.

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