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Ídolo do Remo e profissionais da saúde comentam sobre indisciplina e desempenho de atletas

Leão Azul vive problemas dentro e fora do clube

Fabio Will / O Liberal
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O momento do Remo na temporada é delicado. Mesmo chagando à terceira fase da Copa do Brasil nesta temporada, o Leão não conseguiu o título estadual e ocupa a lanterna da Série B. Fora de campo também o clube tenta contornar algumas situações, uma delas são as atitudes do atacante Dioguinho, flagrado três vezes em festas em meio à pandemia, perdendo noite de sono e que podem afetar diretamente o desempenho do atleta em campo.

A equipe de OLiberal conversou com o ex-jogador Agnaldo de Jesus e com um preparador físico e um fisiologista, para saber mais sobre o clima que se vive no vestiário com essas atitudes, além do que pode acarretar ao jogador esses atos no dia a dia em um esporte de alto rendimento.

image Dioguinho é titular na equipe azulina (Samara Miranda / Remo)

O preparador físico Antônio Júnior que trabalha no Suphanburi, da Tailândia, relatou sobre perder horas de sono e descanso, podem afetar no trabalho dos jogadores.

“Não dormir no período noturno causa problemas em qualquer ser humano, uma delas é a quebra da produção hormonal como o testosterona, aumento percentual de gordura, além de abrir uma série de outras janelas negativas da parte física e fisiológica, que um atleta de alto rendimento precisa executar e que serão afetadas de forma direta", falou.

image Antônio Júnior é paraense e trabalha no Suphanburi, da Tailândia (Arquivo pessoal)

Lesões

Antônio Júnior informa também que o corpo necessita do descanso noturno e que esse sono traz benefícios enormes à saúde.

“Durante o sono o corpo produz alguns ganhos, que chamamos de anabolismo. Isso ocorre quando respeitamos a quantidade de sono exata. Além da produção anabólica muscular, existe a neural, e não obtendo o tempo de sono, não se tem a produção hormonal, com isso não existe o aumento de força e o corpo fica mais acessível à lesões”, informou.

O risco pode ser maior caso...

A parte fisiológica também é a afetada com o a falta de sono e potencializada, caso atletas fiquem sem dormir e também ingerir bebida alcoólica. É o que garante Renan Augusto,  fisiologista do Vila Nova-GO, clube que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro.

“O efeito de bebida alcoólica interfere bastante fisiologicamente. Estamos falando de danos metabólicos, hormonais, além da função neural. Isso acarreta em funções de humor e motoras, como ação, reação e equilíbrio, além da forma nutricional, termorreguladora e cardiovascular do atleta. Dependendo da quantidade de bebida ingerida, ocorre a famosa ressaca, que gera a fadiga. Devido à desidratação, perde-se nutrientes e também ocorre a redução de força, além do poderio do sistema imunológico, que pode acarretar algumas lesões e dificuldade em recuperação do atleta”, falou.

image Renan Augusto é fisiologista do Vila Nova-GO (Arquivo pessoal)

Palavra de quem viveu o ambiente

O ex-jogador e ídolo do Remo, Agnaldo de Jesus, comentou a situação de atletas que gostavam de festas no período em que atuava profissionalmente, além de ter vivenciado a mesma situação quando desempenhou as funções de técnico e auxiliar. “Seu Boneco”, como é carinhosamente chamado pela torcida, citou alguns exemplos e afirmou que atitudes da diretoria em permanecer com jogadores, pode perder o grupo.

“Não fui um jogador exemplar, mas eu me doava , cobrava e era cobrado. O futebol mudou, se exige bastante da forma física hoje em dia, diferente das décadas de 80 e 90. Sempre existe no elenco alguns atletas que costumam ter atos de indisciplina, o problema é como isso é tratado e o que o jogador entrega em campo. Poderia citar vários jogadores que tinham uma vida noturna nesse período em que eu estive no Remo, mas eles entregavam resultados e eram punidos de forma exemplar”, afirmou.

image Agnaldo como técnico do Remo em 2004 (Ary Souza / Arquivo O Liberal)

Falta comando

Agnaldo completa afirmando que o Remo passa hoje por uma situação difícil, mas que é necessário comando por parte da diretoria e afirma que o elenco azulino falta um líder em campo, que vibre, que pulse e cobre dos atletas.

“Sempre vou acreditar no Remo, é o clube que eu amo e que quero bem. Mas atos de indisciplina, sem a devida punição, podem levar ao técnico perder o grupo. Faltam lideranças no Remo, tanto diretiva, quanto de atleta em campo, que possam exigir de verdade”, finalizou.

 

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