Craque do jogo, Eduardo Ramos cita importância do treinador do Remo e revela: 'Na busca do tri'

Diriam os boleiros que a finalização do meia Eduardo Ramos, do Remo, quando o relógio apontava 46 minutos do segundo tempo, é uma 'chapada na bola'. E de esquerda, que é o pé não preferencial do meia azulino. O fato é que a conclusão foi perfeita e, naquele momento, naquele lance, o Remo virou uma partida difícil contra o Águia. O placar final apontou 4 a 2 e três pontos na bagagem do Leão.

Eduardo, aliás, foi o protagonista da partida. Marcou dois gols, assim como perdeu um pênalti. Também impressionou pela desenvoltura após quatro meses de paralisação – em função da pandemia do novo coronavírus. Um dia depois de consumada a vitória, o camisa 10 do Remo participou da entrevista coletiva não presencial. E apontou uma figura essencial na retomada do seu bom futebol. “Hoje tenho um treinador que me dá moral, me incentiva e me cobra muito. É um cara justo, independente da situação. Todos têm o respeito. O Mazola tem o grupo nas mãos", disse, seguindo. "Devo a chegada do Mazola, que me colocou muita coisa na cabeça para um lado positivo”, afirmou. Com o ex-treinador do Remo, Rafael Jacques, Eduardo havia perdido espaço e já não tinha o status de intocável. 

Coisas do passado. A boa atuação já se consolida nos números. Além de extremamente participativo, tendo sofrido um pênalti, Eduardo já marcou três gols em 2020 – a mesma quantidade de 2019, quando voltou ao Baenão. O momento favorável já o faz sonhar com a consagração. “Fazer gol é muito bom, é gostoso. É claro que temos muitas coisas a corrigir, a melhorar. Mas, estou feliz pelos gols, feliz pela vitória. E nos coloca em busca do tricampeonato que é o que mais importa para gente”. O Leão é bicampeão paraense e tentará consolidar a hegemonia com o tri em 2020.

Aproximação da área

A fase artilheiro de Eduardo Ramos também se explica pela forma de jogar, mais próxima a área do adversário. Segundo Eduardo, não se trata, porém, de algo previamente combinado. Foi uma questão circunstancial. “Tenho liberdade para pisar na área, buscar o jogo. Tenho me preparado para ter oportunidades e marcar. Agora não é uma grande obrigação minha. No final do jogo, fiquei um pouco mais (na área do adversário). Já não voltava mais. Os meninos entraram mais descansados. São coisas e momentos do jogo".

O pênalti

O único ponto negativo da atuação foi o pênalti cobrado por Eduardo e defendido pelo goleiro Bruno Collaço. “Bati oito pênaltis em treinamentos e não errei nenhum. Fui escalado porque treinei bem durante a semana. Não tenho vaidade. Se tiver que bater, vou bater do mesmo jeito. Sempre que precisar, estarei preparado e à disposição”.

‘Quero jogar’

Classificado à semifinal do Parazão, o Remo vai encarar o Tapajós, quarta-feira, às 20h no Mangueirão, na luta pelo primeiro lugar da classificação geral – precisa vencer e 'secar' o Paysandu. Há possibilidades que a comissão técnica altere o time principal. Eduardo, contudo, é ‘fominha’. “Gostaria de jogar, talvez, não o jogo todo. O ritmo de jogo é importante. O contato com a bola é importante. Acho que o professor tem em mente não usar todo mundo. O que ele achar melhor vou acatar”.

Sem torcida

Eduardo lamentou as circunstâncias do futebol após a paralisação que não permite torcida nos estádios. “A adrenalina, a emoção e até a cobrança do torcedor faz falta. Mas estávamos preparados. É ruim. Espero que (o torcedor) volte o mais rápido possível".