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Volante do Paysandu detalha a rotina de treinos em casa e a convivência com a família em meio à pandemia

Phillipe Guimarães, conhecido como PH, decidiu ficar em Belém e falou sobre as expectativas quando o futebol voltar

Andreia Espírito Santo
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Quando o volante gaúcho Phillipe Guimarães, conhecido como PH, de 29 anos, foi contratado pelo Paysandu, não imaginava que de um dia para o outro os jogos seriam interrompidos por causa de uma pandemia. Aliás, ele já começou a jogar mais tarde em relação ao restante do elenco por causa de uma punição devido ao doping.

O jogador conversou com a reportagem e contou como está enfrentando a pandemia do novo coronavírus junto com a família aqui em Belém, o que espera quando os jogos voltarem, como tem sido a rotina de treinos em casa, entre outros assuntos. Confira:

– Você e sua família ficaram em Belém mesmo com a paralisação do campeonato. Por que tomou essa decisão?

PH: Decidimos ficar em Belém porque no início parecia que as coisas iam ficar melhores. No Brasil inteiro já tinha chegado a pandemia e aqui ainda estava tranquilo. Decidimos ficar e depois veio muito forte o vírus e teve o colapso na saúde. Só que nós temos familiares com risco também e para pegarmos aeroporto, temos dois filhos e ficamos com medo. Nós colocamos na balança e achamos melhor, já que a estrutura estava montada aqui, ficar por aqui mesmo. Está sendo muito difícil, porque ficamos trancados, ainda mais com duas crianças. Já adultos o psicológico já afeta, imagina duas crianças presa em um apartamento. Mas está acabando, se Deus quiser, e já vamos estar podendo sair mais.

- Antes da pandemia, chegou a conhecer Belém?

PH: Eu consegui conhecer bastante Belém. Fui na Ilha do Combu. A culinária daqui é muito boa. Mas minha família não conseguiu conhecer direito. Quando eles chegaram, uma semana depois teve a paralisação. E aí as coisas começaram a fechar. Mas brevemente levarei para conhecer. Eu estou apaixonado pela cidade e pela culinária.

– Você chegou ao Paysandu no início do ano. Ficou até 5 de fevereiro sem jogar por causa do doping. Quando teve a oportunidade, fazendo seis jogos, veio a pandemia. Mas é possível fazer uma avaliação do teu início no Paysandu?

PH: Quando eu fui contratado, a diretoria, comissão técnica estavam cientes que eu só poderia jogar depois do dia 5 de fevereiro. Mas eles confiaram no meu trabalho e profissionalismo, que eu chegaria em uma condição muito boa de estrear. Consegui ver os três jogos da arquibancada. É um privilégio de observar e entender melhor, além do treino do Guilherme, do Hélio e Marcelo, porque eu pude visualizar isso na prática. Foi muito bom para mim, apesar de querer está lá dentro [no gramado em dia de jogo]. Apesar de ter feito seis jogos, eu tenho certeza que ainda há muito a melhorar e iria tá ajudando muito. Mas foi um encaixe muito bom com o trabalho da comissão técnica com o objetivo do clube. O torcedor pode esperar muito de mim, mas estou feliz com o início de temporada. Pela evolução do elenco e do trabalho. Isso é importante para conquistar não só os jogos, mas títulos no final da temporada.

- Qual a expectativa para o quando futebol voltar? E os treinos em casa?

PH: A gente fica contando os dias, ligando a televisão para ver se saí alguma reportagem de cura ou de vacina para que a gente possa voltar os poucos a vida normal. Porque a ansiedade é grande de estar vivendo o dia a dia normal e estar fazendo o que ama, como ter contato com a torcida. Porque o futebol não é só bola para rolar. Tem o pré-jogo, os treinos, o dia a dia, aquele contato com o torcedor. Aquela expectativa de jogo e ansiedade boa. Foi o que escolhemos para viver e isso bate muita saudade. Mas a gente está treinando bastante em casa. O André e o Roberto [preparadores físicos do Paysandu] passaram um treino físico para a gente cumprir. Viram que as coisas não iam voltar tão cedo deram um intervalo para a gente. E agora já tem três semanas que a gente está treinando diariamente com acompanhamentos dos profissionais. Tenho certeza que vamos voltar com um passo a frente muito grande.

- E como tem sido esse tempo em casa com a família? Tem sido importante para conseguir superar os dias sem treinos e jogos?

PH: É algo que a gente mais cita na nossa vida profissional é o contato com a família. Porque quando a gente está em atividade, a gente quase não consegue. Não só o contato, mas fazer coisas como acordar com as crianças, brincar, colocar para dormir. Tenho certeza que muitos jogadores estão fazendo isso com a família. Apesar do momento não ser bom, é um privilégio para a gente. E também para amenizar. Porque a cabeça para de sofrer quando você está em contato com a família.

- Qual o recado que você deixa para a torcida do Paysandu?

PH: A fiel bicolor pode ficar tranquila porque nós estamos fazendo a nossa parte. Apesar dos impasses, dificuldade de logística, de um monte de dificuldade no momento, a gente está fazendo a nossa. O clube também está fazendo a parte dele para amenizar esse problema gigantesco. E estamos juntos nessa para quando voltar estejamos na frente, porque os objetivos ainda são os mesmos e vamos voltar mais forte para alcançá-los. E nós vamos trazer muitas alegrias ainda neste ano.

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