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Quadro Tático: Paysandu utiliza infiltrações de jogadores para ter o melhor ataque da Série C

Trio de ataque do Bicola funciona como "abre alas" para quem vem de trás. Conceito já foi utilizado por campeão da Champions League. 

Caio Maia
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A Série C de 2022 ainda está nas primeiras rodadas, mas uma coisa tem chamado atenção: a produção ofensiva do Paysandu. Com 12 gols marcados em cinco partidas, o Bicola tem, de longe, o melhor ataque da competição. Depois do Papão, a equipe que mais balançou as redes na Terceirona foi o Volta Redonda, com nove gols.

Apesar disso, um número curioso pode ajudar o torcedor a entender como funciona o setor ofensivo do Bicola. Dos 12 gols do Papão na Série C, apenas quatro foram marcados por atacantes. No entanto, isso não deve ser entendido como uma incompetência dos jogadores mais avançados do Paysandu. Essa baixa produtividade traduz um esquema tático diferente utilizado por Márcio Fernandes.

Para explicar melhor como funciona o ataque do Paysandu, o Quadro Tático desta semana explica quais as estratégias utilizadas pela equipe no momento de buscar o gol. Veja:

Pisar ou estar na área? Eis a questão

image Marcelo Toscano não é um "camisa 9", mas ajuda na produção ofensiva do Paysandu(John Wesley/Paysandu)

Para uma equipe ter maior possibilidade de marcar gols é fundamental que ela tenha a posse de bola o mais perto da área possível. É essa mentalidade que Márcio Fernandes utiliza para potencializar a produção ofensiva do Paysandu. Vários jogadores entram na área a todo momento, possibilitando oportunidades de gol a cada infiltração.

Essa característica, inclusive, tem sido a tônica do Papão na Série C. Seja Patrick Brey, Igor Carvalho, José Aldo, Mikael, Wesley... Todos eles pisam na área, mas não precisam estar lá constantemente. Márcio Fernandes sabe que não possui um "camisa 9" de ofício e, portanto, não terá um "poste" na grande área a qualquer momento. Apesar disso, ele faz questão de povoar o setor com muitos jogadores, a maioria vindo de trás.

Ataque "abre alas"

image Conceito de Ancelotti é usado no Paysandu (Divulgação / Napoli)

Mas se o Paysandu, caracterizado pela infiltração, tem como protagonistas desse movimento os jogadores que vem de trás, como que funciona o trio de ataque? Um bom exemplo para entender a função dos atacantes bicolores pode estar no Milan de Carlo Ancelotti, que venceu as Champions League de 2003 e 2007.

Pirlo era o grande cérebro e construtor de jogadas da equipe. No entanto, ele era um jogador mais recuado, às vezes jogando como primeiro volante. Na frente dele, existia uma dupla de muita força física, que "abria espaço" para o maestro: Gattuso e Seedorf. O trio de atacantes do Papão funciona, à grosso modo, como a dupla milanista.

Toscano, Marlon e Serginho abrem espaço para quem vem de trás. Esse processo pode ser feito "arrastando" adversários de posição, roubando bolas no último terço ou fazendo jogadas de linha de fundo. O conceito, aplicado por Ancelotti há quase 20 anos, é um dos pilares do futebol moderno, em que o mais importante não é mover a bola, mas sim os adversários. 

Veja o esquema:

image Equipe se comporta num 4-1-4-1, com laterais participativos (Divulgação)
image Toscano, Marlon e Serginho se movem e "arrastam" jogadores adversários do lugar (Divulgação)
image Brechas na defesa adversária dão espaço para que jogadores vindos de trás penetrem na área. (Divulgação)
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Paysandu
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