Executivo do Paysandu fala sobre áudio vazado e aponta culpados: 'Ficaram felizes' Áudios provocaram grande polêmica na semana que antecedeu o Re-Pa Nilson Cortinhas 11.02.20 13h30 Felipe Albuquerque viveu momento difícil no Paysandu (Cláudio Pinheiro / O Liberal) Há 10 dias, um áudio do Executivo de Futebol do Paysandu, Felipe Albuquerque, vazou. Na conversa, cujo destinatário é um ex-presidente do Vila Nova, a quem Felipe chama de pai. O tema do diálogo era o debate sobre as dificuldades do futebol paraense. Durante a conversa, Felipe falou de Belém num tom pejorativo relacionado ao clima e à culinária, bem como desabafou sobre a dificuldade de contratar atletas para um Paysandu com salários atrasados e, por fim, atacou um colega de comissão técnica do Papão chamando-o de "burro igual a uma porta". VEJA MAIS Em áudio vazado, diretor do Paysandu desabafa, critica Belém e ataca colega: 'Uma anta'; presidente explica Médico ex-Paysandu divulga nota de repúdio por áudio vazado de diretor; Papão solta nota Treinador do Paysandu sobre áudio vazado de diretor: 'Já dei esporro em jogador em inglês, árabe, espanhol' Depois da polêmica e de uma enxurrada de críticas nas redes sociais, algumas, inclusive solicitando a sua demissão, Felipe resolveu falar. Confira a entrevista completa abaixo: - Em que contexto se deu esse áudio, Felipe? O áudio é de 23 de dezembro. Estava em Palmas, Tocantins, vendo a minha filha. O áudio colocado de uma maneira aleatória, sendo que foi após o jogo contra o Castanhal, tem um contexto. Enviei o áudio para o Wilson Balzacchi, que é um ex-presidente do Vila Nova. É uma pessoa que tenho um excelente relacionamento. É como um pai para mim. Ele tem uma vasta experiência no futebol. Quando você conversa na sua intimidade é diferente de uma manifestação pública. Foi um áudio privado, vazado de maneira criminosa. - E como vazou? - O Wilson estava trabalhando no Vila Nova. Deixou o Whatsapp web no computador. Furtaram o conteúdo e esperaram o momento propício para soltar isso. - Você tem ideia de quem foi? - Sim. Temos conhecimento. O Wilson está em Goiânia e fará uma queixa crime. Vazou de dentro do Vila Nova. Isso é um áudio privado. Quando você está falando com o seu pai, não existe meias palavras. Não falarei assim: pai, tenho um colega de trabalho que não desempenha as funções com excelência. Não é assim. Foi uma conversa de extrema confiança com meu pai. Abri o jogo sobre a dificuldade de elenco. Fui julgado e condenado sem ser ouvido. Esta é a primeira entrevista que estou dando. O conteúdo pode ser imoral mas não é ilegal. - Você trabalhou no Vila Nova... Tiveste problema lá? - Com certeza. Todo clube é um ambiente político. - Se saiu de dentro do Vila Nova, também teve contato com alguém daqui? - Sim. Com certeza teve. Político também. Tenho informação que eles comemoraram. Eles falavam: conquistamos o objetivo. O Felipe vai cair. Graças a Deus, tenho um trabalho sério e consistente. - E quem são essas pessoas? - Tenho conhecimento e irá para uma questão jurídica. Vou deixar com a Justiça. Se não estaria dando brecha para inverter. - No áudio, fala-se da culinária paraense e da temperatura da cidade. Em tom pejorativo. É a tua opinião? - Não é a minha opinião. Ele (Wilson) havia feito uma indicação de um atleta argentino. Estudamos o atleta. Eu estou ali explicando o que via de dificuldade. Historicamente, no mercado, sou conhecido como um profissional que não tem preferência por atletas estrangeiros. Vejo muitas dificuldades de adaptação. O Paysandu trouxe o Ryan Willians e não teve adaptação. A resposta do Wilson é técnica. Obviamente, não é minha opinião (sobre a cidade) Poucas pessoas pararam para ouvir. Em momento nenhum, falo isso. Falo que os atletas me relatam que tem dificuldade de adaptação, que é uma cidade feia, suja e de uma culinária específica. Eu vivo isso daqui. O meu Albuquerque é daqui. Eu conheço e vivo a cidade de Belém mais do que muita gente. Eu tomo açaí sem açúcar. Como maniçoba, vatapá e estou disposto a fazer reportagem comendo só comida paraense. Sou feliz aqui. Moro de frente para uma praça, gosto de Belém. - Quem você se referia quando usou a expressão burro igual uma porta? - Ali, estou me referindo a uma função e não a uma pessoa. Tanto é que não chamo ninguém pelo cargo que ocupa. Naquele momento, nas férias, o Ricardo Gluck Paul colocou apenas uma pessoa para fazer isso. E a pessoa não era capacitada para fazer aquilo. Quem convive comigo sabe que palavrão é vírgula. Herança da minha época do Rio de Janeiro. E ali no desabafo, falo que não é qualquer pessoa que pode fazer isso. - E o esporro que você fala do Hélio? - É normal. Ele tem que ser enérgico. Não queria expor o clube porque era um áudio privado. O áudio foi mal interpretado. Pela meu caráter e trabalho, as pessoas sabem. Um torcedor me reconheceu e falou que isso vai passar. - Pretendes permanecer no clube? Há manifestações de apoio e também de críticas... - Vejo que as pessoas valorizam quem tem personalidade forte. Estava desabafando com um amigo via áudio. Fica um ensinamento. Vi algumas manifestações de pessoas quem falaram que ó tem problema. É uma manifestação de quem ama a cidade. Voltei para Belém 20 anos depois e vi que pouco evoluiu. Não é crítica a governo. Belém é uma cidade com pouco saneamento básico e não é a minha fala que vai mudar isso. Não vou citar o nome do atleta, mas lembro que um deles me falou que não adaptou. Não é o meu caso. Quanto às críticas, faz parte da minha profissão. Já passei momentos mais críticos. Me sinto à vontade em trabalhar no Paysandu. 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