Antes de ser xodó da torcida, ex-Paysandu esteve do outro lado na final da Copa dos Campeões; veja

Entre idas e vindas do futebol, o volante Augusto Recife conheceu bem a paixão do torcedor bicolor, antes mesmo de vestir o uniforme azul celeste por quatro temporadas

Luiz Guilherme Ramos
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A conquista da Copa dos Campeões reverberou não apenas nos jogadores e torcedores do Paysandu. Difícil não lembrar com emoção daquela noite de 4 de julho de 2002, onde o bicolor paraense se agigantou diante de uma das equipes mais tradicionais do futebol brasileiro. Ao derrotar o Cruzeiro por 4 a 3 no tempo normal e 3 a 0 nas penalidades máximas, o Paysandu conseguiu marcar a conquista até nos adversários, entre eles um ilustre conhecido. 

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Em 2002, o jovem volante Augusto Recife estava em sua segunda temporada, das quatro que faria no Cruzeiro. Embora no início de carreira, com apenas 19 anos, ele já se mostrava um jogador experiente, quando se viu diante de um time até então desconhecido e aparentemente 'inofensivo'. A imagem com pouca força acabou se mostrando o maior equívoco, que ele lembra com espanto até hoje. 

"A lembrança mais marcante daquele jogo foi que a gente saiu na frente. Já tínhamos uma vantagem mínima, pois ganhamos o primeiro jogo em Belém. E também em Fortaleza saíamos na frente. Depois o Paysandu empatou, fizemos 2 a 1, o Paysandu fez 2 a 2 e viramos de novo. Quando o negócio caminhava para sermos campeões, tomamos um gol que levou a decisão para os pênaltis. Deixamos escapar o título das nossas mãos", lembra o volante. 

Apesar de ser 'desconhecido', o Paysandu mostrou o seu cartão de visitas para todos os times grandes do eixo sul-sudeste. Depois de classificar-se na liderança do grupo 1, deixando para trás Fluminense, Náutico e Corinthians, os bicolores entraram na fase seguinte com várias pedreiras, que foram literalmente removidas de seu caminho. Vieram Bahia e Palmeiras, ambos caíram. E os bicolores chega à final com Jóbson, Vélber, Vandick e companhia, para um verdadeiro baile em pleno estádio Castelão, em Fortaleza. Mas para o adversário, aquele time era verdadeiramente desconhecido. 

"Pela dimensão, se tratando de Cruzeiro e Paysandu, até então tínhamos essa vantagem, sim. Não pelo jogo em si, pois em campo são 11 contra 11. Mas tinha a questão da dimensão, da história de cada um. Vale destacar que, apesar de ser 2002, o Cruzeiro já tinha duas Libertadores, enquanto não conhecíamos o Paysandu, com todo respeito", recorda. Para ele, a única lembrança vinha das arquibancadas. 

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"Naquela época a gente só ouvia falar e comentar da torcida, mas sobre os jogadores nunca tínhamos ouvido falar naquela época. Tanto os atletas quanto o clube em si. Na época os meios de comunicação não eram igual hoje, então a gente conhecia pouco do time, do clube". Alguns minutos depois, os mesmos nomes desconhecidos se tornaram uma amarga lembrança. 

Recife saiu do Cruzeiro em 2004 e teve um retorno breve em 2006. Foi então que em 2014 aportou em Belém, onde viveu uma fase muito especial que guarda com carinho na memória. "Pra mim foi um dos melhores momentos da minha vida. Jogar no Paysandu, morar em Belém. O povo é acolhedor e eu fui muito bem recebido. Tenho um carinho enorme por tudo ai no Pará. Foram quatro anos maravilhosos, da Série C para a Série B, dois paraenses, duas Copa Verde. Com muito sacrifício conseguimos o acesso em 2014 para a Série B e eu vou guardar para sempre o Paysandu no meu coração", encerra. 

Apesar da derrota na final da Copa dos Campeões, Augusto Recife deixou um recado para os bicolores, em homenagem à conquista mais emblemática de sua história. Confira:

 

 

 

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