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'Não há como' Felipe Massa ganhar processo por título de 2008, diz ex-chefão da F-1

Você lembra? O campeão foi Hamilton, que marcou seis pontos naquele GP e venceu o Mundial com um de diferença.

Estadão Conteúdo

Antigo chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone foi enfático nesta semana ao dizer que "não há como" atender aos pedidos de Felipe Massa para que o GP de Cingapura de 2008 seja anulado e ele, consequentemente, seja declarado campeão daquela temporada em vez de Lewis Hamilton. Para ele, os rumores ficaram mais fortes por causa de uma "maldita entrevista" de que não se lembra.

O brasileiro reivindica o troféu na Justiça por conta da batida proposital de Nelsinho Piquet, da Renault, que causou a entrada do carro de segurança na 14ª volta da corrida e favoreceu Fernando Alonso, fez o piloto da Ferrari ir aos boxes para trocar os pneus e terminou com um incidente com a mangueira de combustível que o fez chegar em 13º. O campeão foi Hamilton, que marcou seis pontos naquele GP e venceu o Mundial com um de diferença.

Anos após a morte de Max Mosley, presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilsimo) de 1993 a 2009, Ecclestone teria dito ao F1 Insider que ele e o antigo dirigente decidiram não fazer nada após as denúncias vindas da própria família Piquet, em 2009, para "proteger o esporte e salvá-lo de um escândalo".

O trecho que motivou Massa a abrir o processo, no entanto, viria depois: "De acordo com as regras, provavelmente teríamos que anular a corrida em Cingapura nessas circunstâncias. Para fins da classificação do Campeonato Mundial, ela nunca teria acontecido. Então, Massa teria sido campeão, e não Hamilton".

Em entrevista recente ao The Times, Ecclestone mudou o discurso. "Não há como alguém mudar ou cancelar aquele GP. Sempre há algo que alguém gostaria de cancelar, se pudesse. Tentar persuadir o presidente da FIA a convocar uma reunião especial onde a FIA teria que cancelar a corrida - não havia nenhuma disposição para isso acontecer", disse o executivo de 94 anos.

Ele defendeu Mosley na sequência, garantindo que o ex-presidente da FIA sabia que não haveria evidências suficientes na época para fazer qualquer coisa. As consequências para a Renault, time de Nelsinho, no entanto, sugerem o contrário.

Além de perder patrocinadores, o diretor da escuderia, à época, Flavio Briatore, foi banido da categoria e demitido, junto ao chefe de equipe, Pat Symonds, que recebeu suspensão de cinco anos do esporte. A decisão contra Briatore foi anulada em 2010 e hoje ele é consultor da Alpine na Fórmula 1.

Segundo Ecclestone, ele "nem se lembrava da maldita entrevista" ao F1 Insider até Massa levar o caso à Justiça. "Eu conversei com alguém na Alemanha que não tinha o inglês tão bom. Isso foi captado por alguém na Inglaterra. Meus advogados, os da FIA e os da Fórmula 1 não entendem como isso pode ser levado a julgamento", pontuou.

As primeiras audiências da ação do brasileiro na Superior Corte de Justiça de Londres estão marcadas para acontecer entre os dias 28 e 31 de outubro deste ano. Politicamente, Massa tem a favor também a opinião de Jean Todt, ex-chefe da Ferrari que sucedeu Mosley como presidente da FIA em 2009. "Não há duvida de que o GP de Cingapura foi fraudado e deveria ter sido cancelado", disse ele ao La Stampa em 2023.

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