UFC Vegas 81: paraense Michel Pereira repassa carreira antes de primeiro desafio em nova categoria

Mais conhecido como “Paraense Voador”, Michel conversou com a equipe de O Liberal e falou sobre diversos assuntos, incluindo a sua estreia na categoria peso-médio

Andréia Santana
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O “Paraense Voador” está pronto para o primeiro desafio do ano! Michel Pereira, lutador paraense mais conhecido pela alcunha, enfrenta o estadunidense André Petroski no UFC Vegas 81, neste sábado (14), em sua primeira luta na categoria peso-médio (84kg) depois de um ano e meio sem subir nos ringues do UFC.

Pereira, de 29 anos, antes lutava na categoria meio-médio (77kg) e deixou a faixa após não conseguir atingir o peso mínimo contratado para a luta contra Stephen Thompson no UFC 291, em julho deste ano, estando 1,3kg acima do peso.  

Agora, o “Paraense Voador” tenta sua sexta vitória consecutiva e 29ª vitória da carreira, no UFC Vegas 81, que inicia a partir das 20h (horário de Brasília) deste sábado. Seu último êxito foi contra o argentino Santiago Ponzinibbio, em maio de 2022

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Em entrevista à equipe de esportes de OLiberal.com, Pereira falou sobre a mudança de categoria, a preparação para a luta, o adversário e sobre o sentimento de representar o Pará no UFC. 

Confira a entrevista:

OL: Essa é a sua primeira luta depois de um ano e meio, como está a expectativa e a preparação para a luta?

Michel Pereira: As expectativas são as melhores, tô muito feliz com essa luta, tô pronto para dar um show no sábado. Fiz um camp muito bom, treinei muito bem, e como sempre eu tô preparado para lutar, como tive uns bons meses me preparado. Agora é esperar para dar um show, tá tudo muito bem com os treinos e o peso. 

OL: Esse hiato de um ano e meio também foi muito pela ausência de lutadores que quisessem te enfrentar, por que você acha que isso aconteceu?

MP: É complicado saber. Mas querendo ou não a gente sabe que hoje nas categorias não é todo mundo que luta com todo mundo, tem uns que escolhem atletas para lutar e ficar fazendo carreira, não querem tal pessoa, ficam escolhendo oponente, e eu sou um cara de alto risco e ainda não estava indo bem no ranking, então não tinha muito a oferecer para esses caras. Então eles não aceitam muito por causa disso. Mas agora eu subindo de categoria, creio que vou lutar muito mais vezes e isso vai diminuir. 

OL: Você acha que esse tempo parado impediu sua ascensão no UFC?

MP: Seria melhor ter lutado, são aí um ano e quatro meses sem lutar, se preparando, e toda vez que ia pronto alguém se machucava, acontecia algum problema e cancelava a luta. Mas acho que não impediu nada. 

OL: Essa também é a tua primeira luta no peso-médio, como foi essa mudança? Era difícil antes? Agora você está em um lugar mais confortável em relação a esse peso?

MP: É outra vida né ser 84 [quilos]. Eu, que sempre tirei muito peso, tirava 21kg, e agora tiro muito menos peso. Para mim é muito bom, é diferente. Querendo ou não, quando eu era 77 [quilos] era uma vida muito restrita, muito difícil, porque tudo tem que ser regradinho, agora com o peso-médio tá tudo diferente, tô comendo mais, bebendo mais água, baixando peso, tá tudo melhor agora. 

OL: E você está pronto fisicamente para essa luta, sem nenhuma lesão nesse tempo? 

MP: Eu tô muito bem, tô muito preparado, sem lesão. Lesões pequenas que a gente sempre tem, coisa que em uma semana melhora e faz parte do trabalho. 

OL: Você é conhecido por lutar de uma forma mais descontraída, com golpes autorais, vai surpreender de novo nessa luta?

MP: Nunca se sabe, e é isso que me deixa perigoso, isso que os fãs gostam e ficam pensando ‘Rapaz, como o Michel vai lutar sábado? O que ele vai fazer?”. Porque todos sabem que eu vou para dar show, que eu sempre vou com vontade de lutar e fazer uma boa luta para os fãs, não vou só ganhar. Para mim, a vitória sempre foi uma consequência do meu trabalho, se eu treinei bem, se eu fiz o que tinha que fazer, mas eu sempre tentei fazer boas lutas. 

OL: E você já tem uma longa invencibilidade, pretende garantir a sexta vitória consecutiva? 

MP: Sim, por isso treino forte todos os dias. Hoje treino com uma das melhores equipes de Las Vegas, tenho os melhores professores e parceiros de treino, e só tenho a agradecer a eles pelo camp, me ajudaram demais. 

OL: Você vai enfrentar o americano André Petroski, que também está invicto há cinco lutas. Você estudou esse adversário? O que espera dele no octógono? 

MP: É um cara que eu creio que vai tentar me “quedar”, por ele ser do jiu-jitsu, mas treinei muito jiu-jitsu também. Mas tô muito tranquilo em relação a esta luta, eu treino sempre para lutar com qualquer um, então é esperar sábado para ver como vai ser. Eu quero nocautear ele, meu foco é sempre nocautear. 

OL: E o Pará é um estado com uma forte tradição de luta e artes marciais, como é representar o estado no UFC?

MP: Eu fico muito feliz de representar o Brasil, que está passando por um momento muito difícil, mas a gente aqui fora consegue realizar um ótimo camp. Mas é difícil para os atletas que moram no Brasil, dificulta desde patrocinador, e aqui é tudo mais fácil. Então eu fico muito feliz de representar bem aqui. 

OL: E faz tempo que você não vem para o Pará? Como é a relação com os fãs daqui?

MP: Na verdade, o Pará é meu setor. Sempre que eu posso eu vou, inclusive depois da minha luta já estou com viagem agendada para Belém, vou passar dois, três dias antes de ir para o sul do Pará. Belém é um lugar onde tenho muitos fãs, foi o lugar onde tive acolhimento quando estava começando, um dos meus treinadores até hoje é o Guerra, que é de Belém. Me sinto paraense de Belém, porque foi lá que minha carreira deslanchou, eu só tenho gratidão pelo Pará. 

 

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