Niteroienses e paraense surfam onda da Pororoca com canoa polinésia

Remadores ficaram por seis minutos em feito inédito na famosa onda dos encontros da água do mar com o rio

O Liberal.
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Três remadores de Niteroi (RJ) e um de Belém, surfaram famosa onda da pororoca por cerca de seis minutos, na cidade de Ararí (PA). O feito aconteceu na quinta edição da Expedição Anamauê, que conseguiu, entre outras conquistas, o tempo mais longo registrado surfando a pororoca com uma canoa polinésia. Durante três dias, os praticantes da canoa havaiana viveram momentos importantes nas lendárias ondas amazônicas.

"Trouxemos a canoa de Belém em dois dias de viagem de carro até Arari e foram mais dois dias de aprendizado e conseguimos por dois dias surfar. Foram seis minutos de onda que dropamos e completamos. Tivemos imprevistos em nossa jornada, mas finalizamos o objetivo sem nenhuma avaria ou quebra em nossa canoa, algo super importante. Essa onda da pororoca tem muito mais velocidade que a onda comum do mar, vem com muita pressão, corre demais, é uma leitura muito diferente e não adianta que basta pegar surfe no mar para surfar essa onda, foram precisos três dias para surfar bem. É muita potência", disse Douglas Moura, niteroiense e líder da Expedição.

"Vivemos uma ansiedade muito grande no primeiro dia, escutamos bastante sobre a pororoca, mas só vivenciamos mesmo a partir do primeiro dia e curiosamente foi quando perdemos a onda. Voltamos para o retão no segundo dia, nos posicionamos e pegamos uma onda média. Devemos ter ficado uns 40 segundos nessa onda e fomos mais confiantes para o terceiro dia que foi o Dia D sabendo como as três bancadas funcionavam e o que precisávamos fazer”, detalha. 

A expedição contou com outros dois niteroienses, Augusto Donadel e Helio Valente. O jornalista Allan Bordalo, que também participou da expedição, sendo responsável por toda a logística da canoa de Belém até Arari, disse ter vivido uma experiência única que abre novos horizontes para o esporte. “O grande aprendizado foi não termos nos dado por vencido. Fomos entendendo o que precisávamos e nos adaptamos para tirar o que de melhor tinha. O surfe de prancha na pororoca é bem conhecido, agora podemos dizer que de certa forma estamos abrindo o leque para o surfe de canoa havaiana, já entendemos que podemos surfar com a canoa por lá".

(Divulgação)

Sobre a Canoa Havaiana

Canoa Havaiana ou Polinésia, são nomes para determinar o esporte que surgiu na região polinésia e que originalmente é conhecido como Va´A, Wa´A ou Waka. A cultura da canoa existe há mais de 3 mil anos e elas foram inicialmente usadas pelos povos polinésios com a necessidade de colonizar novas terras na região polinésia, conjunto de ilhas do Pacífico que incluem Tahiti, Havaí.  

Os povos polinésios usavam canoas como meio de transporte entre as ilhas e cada povoado construía suas canoas com características locais. No Havaí, que possui mar agitado, as canoas possuem curvatura de fundo envergada, e no Tahiti, as canoas possuem formato mais alongado e cockpit fechado.

No Brasil a cultura da prática do esporte da canoa havaiana ou polinésia só aumenta no decorrer dos anos para travessias, expedições e competições com destaques para clubes de canoas no litoral do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. Somente em Niterói (RJ) são 33 clubes de canoa com cerca de dois mil remadores. No Espírito Santo são 21 clubes, cerca de 1.500 remadores.

Sobre a Pororoca

A Pororoca acontece na foz do rio Amazonas nos estados do Pará, Amapá e Maranhão. Ela ocorre ao entrar em contato com a maré do Oceano Atlântico, ocasionando ondas de 3 até 6 metros de altura em extensão pelo rio de aproximadamente 20km. A pororoca provoca um som bastante alto e característico , o que explica a origem da palavra em turi "poro´roja poro´rog", o que significa "estrondar". As ondas acontecem uma vez ao dia nos meses de janeiro a maio, no período de lua cheia ou lua nova.

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