Mundial de Vôlei em Belém: técnico e atleta destacam expectativas e o legado para o vôlei paraense

Competição ocorre entre os dias 16 e 21 de dezembro no Mangueirinho

Aila Beatriz Inete
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Belém se prepara para receber mais um grande evento esportivo. Entre os dias 16 e 21 de dezembro, a Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho, será palco do Mundial de Clubes masculino de vôlei. Oito das melhores equipes do mundo estarão na capital para disputar o título, e quem é daqui vive a expectativa pela competição.

Em entrevista ao Núcleo de Esportes de O Liberal, o treinador da Apade, única equipe do Pará na Superliga B, Mingau, falou sobre a importância do evento aqui na região.

"Eu acho que a COP demonstrou que a gente tem capacidade de fazer grandes eventos. O povo é hospitaleiro. Devido à falta de investimento por muitos anos, ficamos um pouco para trás, o que também não é nada demais. Mas, neste ano, houve a inserção de algum dinheiro, a estrutura melhorou, e a gente realmente sente orgulho de ser paraense, orgulho de estar na cidade, coisa que sempre existiu, mas não de forma tão forte como agora", disse Mingau.

O time paraense iniciou, na última semana, sua caminhada rumo ao tão sonhado acesso à primeira divisão do vôlei nacional, vencendo o América-RN, em casa, por 3 sets a 0. A equipe é a principal representante do estado na modalidade, sendo uma das grandes responsáveis pela formação, manutenção e referência do esporte.

image Mingau é o treinador da equipe da Apade (Thiago Gomes / O Liberal)

Expectativa de mais investimentos

Em 2023, o Remo se classificou para a Superliga B, mas por falta de investimento, acabou abrindo mão da vaga, que foi para a Apade. Atualmente, a equipe é a única do Estado nas principais divisões do país.Mingau é um dos principais responsáveis pelo crescimento da clube. Segundo ele, o grande objetivo para este ano é se manter na divisão, mas também sonhar alto com uma classificação para as etapas finais.

"A gente tem uma expectativa muito boa. Temos uma boa equipe, com jogadores engajados e comprometidos com o campeonato e consigo mesmos. E isso é importante. A gente está pensando primeiro em não cair, porém temos possibilidades muito boas de tentar chegar um pouquinho mais longe, às semifinais, entre os quatro, o que já seria o maior feito. Mas, lógico, já estar entre os oito é algo realmente fora da curva para nós, sabendo das dificuldades que temos de orçamento e da dificuldade de ser a única equipe do Norte sem competições próximas", ressaltou Mingau.

Conforme Mingau, além do profissional, a Apade trabalha com as categorias de base e hoje possui cerca de 400 jovens atletas que aspiram ao profissional. Dado esse cenário, o técnico espera que o Mundial de Clubes em Belém faça com que o esporte local receba mais investimento para evoluir ainda mais.

"O que a gente sempre espera é legado. Eu espero que seja um grande evento. Espero que lote todos os dias, para mostrar que o Norte tem capacidade de ter um time na Superliga A e que isso possa trazer outros investimentos, que os investidores consigam entender o quanto é importante investir no esporte. Não é só falar que o esporte é uma ferramenta de inclusão. Esse discurso é muito bonito, mas acho que agora é a hora de botar isso em prática e investir em quem faz esporte de verdade, com muita seriedade", destacou o treinador.

Oportunidade para ver os ídolos e se inspirar

Devido à escassez de competições profissionais no estado, a profissionalização de atletas locais é um pouco mais difícil. Bruno Melo, líbero da Apade e um dos poucos jogadores paraenses na equipe, ressaltou que a realização do Mundial é uma grande oportunidade para que fãs e profissionais do vôlei acompanhem de perto uma competição de alto nível e se aproximem dos ídolos.

"É um grande privilégio para os garotos, para quem é amante do voleibol, do esporte, poder ver de perto as estrelas que já foram ícones da nossa seleção, como Bruninho Rezende, Wallace e Lucão, essa galera que vai estar jogando esse Mundial. São três clubes brasileiros, fortes, com grandes investimentos, que vão disputar com grandes equipes do mundo. Então, poder assistir de perto é uma grande oportunidade", declarou o atleta.

image Bruno está ansioso para o Mundial (Yan Lima / Divulgação)

Bruno está no terceiro ciclo com a Apade. Participou da campanha na Superliga C, fez parte da equipe master e agora está na Superliga B, na expectativa de que um dia o vôlei paraense chegue à elite. Com isso, o líbero apontou que o Mundial pode ser um grande estímulo para jovens atletas buscarem o esporte.

"Acredito que, para os mais jovens, é uma injeção de estímulo para continuar praticando esporte, pensar em crescer no esporte e como atleta. É isso que eu espero que aconteça", completou o jogador.

Mundial

O Brasil terá três representantes no torneio: Campinas, país-sede; Cruzeiro, atual campeão mundial e sul-americano; e o Praia Clube, vice-campeão sul-americano. Warta Zawiercie, da Polônia; Perugia, da Itália; Osaka Bluteon, do Japão; Al Rayyan, do Catar; e Swehly, da Líbia, são os demais participantes. A competição começa no dia 16 de dezembro. Os ingresssos para os jogos estão disponiveis no site oficial de vendas do evento

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