Imagens mostram que juiz prometeu suspender o jogo em caso de novos insultos a Vini Jr.
O árbitro criticou as medidas do protocolo da Liga Espanhola; suspensão da partida só estava prevista em caso de reincidência
Nesta terça-feira (22), novas imagens divulgadas pelo programa espanhol 'Golazo' mostram o momento em que o árbitro Ricardo de Burgos Bengoetxea acionou o protocolo previsto pela La Liga em casos de manifestações racistas nas arquibancadas.
As imagens detalham o instante em que Bengoetxea critica o protocolo e promete a Vini Jr, Éder Militão e Ancelotti a suspensão do jogo em caso de novos insultos.
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Inicialmente, o jogo é paralisado pelo juiz após reclamações de Vinícius Júnior, que disse ter ouvido torcedores do Valencia o chamarem de ‘macaco’ aos 24 minutos do segundo tempo. Bengoetxea chama o delegado da La Liga e informa a Luis Fernando Marco ter visto manifestações racistas e objetos sendo lançados. Em seguida, pede para que a torcida seja advertida pelos alto-falantes.
Burgo Bengoetxea: “A próxima em que houver “Macaco, macaco”, vamos para dentro. Já sabe. Na próxima que houver “Macaco, macaco”, vamos para dentro”, avisa.
O árbitro informa que o caso denunciado pelo jogador já foi alvo da primeira advertência, e que também estava indicando o lançamento de objetos no campo. Em seguida, o juiz promete suspender a partida em caso de reincidência.
A conversa entre Bengoetxea e Ancelotti, técnico do Real Madrid, também é mostrada. O treinador parece revoltado e diz que “se ouviu a palavra macaco, temos que parar o jogo”. O árbitro concorda e avisa novamente que se voltar a acontecer, a suspensão será feita.
Depois, o árbitro conversa com Vinícius Júnior e Éder Militão para explicar o andamento do protocolo. “Vini, me escute. Por favor. Escute-me. Escute-me, escute-me, escute-me. Te peço que siga. Se houver outra, vamos para dentro. Confia em mim? Beleza”, diz Bengoetxea a Vini Jr.
Para Militão, o juiz reafirma ter avisado sobre o caso e diz que não pode fazer mais. “É que é assim, Éder. É assim o protocolo. É uma vergonha, é uma vergonha. Sei que é. Mas não posso mudar. Beleza?”, completa.
(*Beatriz Moura, estagiária sob supervisão do editor de OLiberal.com, Felipe Saraiva)
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