Atacante ex-Paysandu relembra infância difícil e irmão assassinado, mas afirma: 'Venci na vida'

Atacante, que está próximo de voltar ao futebol depois de cumprir suspensão por doping, relatou fatos de sua vida e carreira em entrevista

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Um personagem caricato da última década no futebol brasileiro foi o atacante Walter. Conhecido por sua habilidade e pela sua forma física ímpar no futebol, o jogador está perto de retornar de uma suspensão de dois anos por doping.

Em uma extensa entrevista ao 'GloboEsporte.com', o atacante de 30 anos relembrou o início difícil de sua vida na periferia de Pernambuco, em Recife. O assassinato de seu irmão, cujo ele vivenciou aos oito anos de idade, lhe motivou a dar um futuro para sua família.

- Aos sete, oito anos, vi o cara matando meu irmão, Waldemir. Sofri demais, falei que ia dar a volta por cima, que daria uma casa pra minha mãe pra tirar ela daquele lugar, e eu consegui - afirmou.

Walter também contou as dificuldades de sua família antes de seu sucesso no futebol. Segundo o jogador, muitas vezes sua família jantava o resto da comida do bar onde sua mãe trabalhava.

- Minha mãe trabalhava, mas nunca teve um trabalho de carteira assinada. Ela trabalhou muito em barzinhos e vendendo cosméticos. À noite, ela ia para os bares e trazia a janta pra gente. Enquanto ela não chegava, a gente comia apenas um paõ com café. Depois, já de madrugada, ela trazia pra gente o que sobrava no bar pra gente ter uma janta melhor. A gente nunca chegou a passar fome, mas posso dizer que passava da hora de comer - relembrou.

Um dos fatos mais marcantes da carreira de Walter é a luta contra a balança. Sempre fora do peso, o atacante se defendeu das críticas, afirmando que as pessoas não sabem o que ele passou.

- Muita gente fala que o Walter gosta de comer biscoito, tomar refrigerante, tomar danone, mas lá atrás eu não tinha condição de comprar. (...) Muita gente fala essas coisas, mas não sabe o que você passou - argumentou.

O atacante também afirmou que, depois de todas as dificuldades que passou em sua infância, comemora: ele venceu na vida.

- Antes, eu entrava no mercado e as pessoas me olhavam torto, achando que eu ia roubar. Hoje não. Quando vou ao mercado, as pessoas pedem para tirar foto comigo. Eu venci na vida - encerrou.

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