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Presidente da FPF rebate críticas após divulgação de áudios do VAR do Re-Pa: ‘fora de contexto’

Segundo Ricardo Gluck Paul, polêmicas geradas em torno das falas do árbitro do jogo ocorreram pela falta de conhecimento dos jargões da arbitragem.

Caio Maia
fonte

O presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), Ricardo Gluck Paul, se pronunciou pela primeira vez após a divulgação dos áudios do árbitro de vídeo, o VAR, do primeiro jogo da final do Parazão 2024, entre Remo e Paysandu, que ocorreu no último domingo (07/04). Em conversa com a reportagem do Núcleo de Esportes de O Liberal, o mandatário do futebol no estado rebateu as críticas feitas a Djonaltan Costa de Araujo, árbitro paraense que comandou a ferramenta. Além disso, ele disse que o VAR agiu com "maestria" no primeiro jogo da decisão.

"Todo filiado tem o direito de pedir o que quiser, mas acreditamos que o VAR cumpriu seu dever com maestria. Você pode ver, no primeiro Re-Pa tivemos toda a equipe de arbitragem paraense e foi a mais elogiada dos clássicos na sequência", disse.

Na última quarta, o Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA) determinou que a FPF entregasse ao Remo a íntegra dos áudios do árbitro de vídeo (VAR) do clássico Re-Pa do último domingo (07/04). A decisão ocorreu após uma recusa da entidade em entregar as gravações. Segundo Gluck Paul, o repasse dos áudios, na íntegra, não é orientado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

"Primeiro é importante entender que a FPF liberou as imagens no dia do jogo, com transparência. Depois disso, o Remo pediu acesso às imagens na íntegra, mas a gente não poderia enviar, somente recortes, por determinação da CBF. No entanto, demos o acesso à informação. Chamamos membros do Remo para vir até a FPF, assistir ao jogo todo e selecionar as imagens que fossem pertinentes. O Remo, porém, não quis. O clube entrou com um pedido do TJD para pedir as imagens, o tribunal aceitou e nós entregamos. Tivemos, portanto, um aval da Justiça, já que a CBF não nos orienta a agir dessa forma", explicou.

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Polêmicas

image Bráulio da Silva Machado foi alvo de críticas (Thiago Gomes / O Liberal)

Após a liberação dos áudios na íntegra, uma série de trechos, não liberados originalmente pela FPF, passaram a ser divulgados nas redes sociais. Em um deles, o árbitro Bráulio da Silva Machado (FIFA/SC) questiona um pedido de falta do zagueiro Wanderson, do Paysandu, em Ícaro, do Remo. Em outro momento, o arbitro é avisado por um dos auxiliares de campo sobre atributos técnicos do meia azulino Matheus Anjos.

Veja o vídeo:

Segundo Gluck Paul, houve uma má interpretação dos áudios. Ele afirma que não há conhecimento sobre o "glossário" da arbitragem, que usa termos próprios para se comunicar. Ele, inclusive, cita os dois lances.

"Nas imagens, o VAR diz que o jogador do Remo ‘procurou contato’. Isso quer dizer que o jogador do Remo provocou a falta? Não! No contexto da arbitragem, 'procurar contato' quer dizer que os dois jogadores foram em direção à bola e isso ajuda na hora de caracterizar uma agressão ou não. O VAR só pode se manifestar em quatro casos: gol, identidade de pessoas, pênalti e cartão vermelho. Nesse último item, inclusive, existe uma série de fatores que classificam ou não uma advertência. Uma cotovelada, por exemplo, quando dois jogadores sobem juntos, é temerário ou agressão? Isso que o VAR tem que discutir. Se for temerário é falta para amarelo e o VAR não pode chamar. A fala 'buscar contato' indica que os dois foram buscar a bola e, portanto, se houve alguma falta, foi por ação temerária e o VAR não pode intervir, apenas o árbitro de campo", disse Gluck Paul.

Ele complementa, falando sobre a fala do auxiliar de campo envolvendo o meia Matheus Anjos, do Remo:

"O VAR é uma parte integrante da arbitragem, não uma figura externa. Durante a dinâmica você tem conversas entre a cabine e as pessoas de campo. Sobre a questão envolvendo o nome do Matheus Anjos (meia do Remo), quem faz aquele comentário é o auxiliar de campo, não o VAR. Pegando aquela fala, fora de contexto, qual o imaginário das pessoas? Que o árbitro quer 'marcar' o jogador. Mas não é isso. O trabalho do árbitro é se movimentar constantemente dentro de campo, sempre para ter uma visão privilegiada. Por isso ele precisa saber a característica de cada jogador, para não perder a jogada. Para ele é importante, por exemplo, saber se um jogador usa muitos passes longos para que ele parta na frente na corrida e chegue inteiro na jogada", afirmou.

Entenda o caso

image Briga no Re-Pa da final do Parazão de 2024 (Thiago Gomes / O Liberal)

Em campo, a partida terminou com vitória por 2 a 0 do Paysandu. Mas a reclamação dos dirigentes remistas se dá pela atuação do árbitro central Bráulio da Silva Machado (FIFA/SC) em conjunto com as avaliações dos árbitros que estavam escalados na cabine do árbitro de vídeo.

Jogadores, comissão técnica e diretores do Leão questionaram as decisões da equipe de arbitragem e os critérios para as expulsões dos jogadores Paulinho Curuá e Nathan, alegando que jogadores do Paysandu, como o volante João Vieira, também deveriam ser advertidos com o mesmo rigor.

Arbitragem de fora

Apesar dos elogios à arbitragem local feitos pelo presidente da FPF, a Federação escalou para o jogo de volta da final do Parazão apenas juízes de fora do estado. Segundo Gluck Paul, a medida foi tomada a pedido dos dois finalistas, mas encarada com lamento pela entidade.

"Existe uma regra da competição que diz que quando os clubes pedem árbitros de fora, temos que atender. Como tá na regra e Remo e Paysandu pediram, nós atendemos, mas com tristeza", finalizou.

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