O futebol é um ambiente seguro contra a covid-19? Especialistas do esporte paraense debatem

Clubes tentaram seguir com treinamentos, mas seguem impossibilitados

Nilson Cortinhas
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A tentativa de vagem da delegação do Paysandu para Salinas, município que não integra a Região Metropolitana de Belém, estando fora do decreto de lockdown (fechamento), foi duramente criticada por observadores, principalmente, nas redes sociais. O alvo das críticas se deu pelos efeitos oriundos do avanço da covid-19. Coincidência ou não, a Prefeitura de Salinas notificou o Paysandu da impossibilidade dos treinos, o que cancelou a programação bicolor.  

O Remo também revelou, por meio do seu presidente, Fábio Bentes, uma ideia, não consolidada, para treinar no interior do Pará. Seria uma espécie de intertemporada de ambos - interromper as atividades teria um efeito técnico e físico prejudicial para os dois principais clubes do Pará.

O andamento do planejamento se apoia em argumentos técnicos, defende o médico do Remo, Jean Clay. "Não tenho dúvida que o futebol é um ambiente controlado", afirma. Jean realizou um trabalho perfeito no clube até a quebra de um protocolo, naquele emblemático episódio: com o acesso à Série B do Brasileiro conquistados, os atletas foram para uma comemoração com torcedores. Bastou para o vírus se espalhar pelo Baenão e vários jogadores se ausentaram da final da Série C. "Isso foi por conta da quebra de protocolo", justifica Jean. Até então, desfalques de atletas por contaminação de covid, realmente, eram assuntos controlados no cenário azulino.

Mas há quem defenda a paralisação por completo. O médico Flávio Freire questiona a segurança dos protocolos adotados. "Não há protocolo 100% seguro", afirmou.

Diferenças

O tema é tão polêmico que houve uma divisão. As competições nacionais, organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), seguem sendo realizadas. Por sorte, nenhum jogo da Copa do Brasil, na última semana, foi realizado em Belém. Se assim fosse, poderia ocorrer um conflito com a determinação do Governo do Pará. O chefe de Estado, Hélder Barbalho, optou pela suspensão dos campeonatos locais, inclusive, o Paraense.

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