Ex-vice-presidente do Flamengo, Marcos Braz celebra título Brasileiro

Hoje, dirigente está no Remo, onde ajudou a montar a equipe que subiu à Primeira Divisão neste ano.

Igor Wilson
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No dia em que o Flamengo celebra mais um título brasileiro — o primeiro desde a saída de Marcos Braz do clube — o atual executivo de futebol do Remo vive uma jornada particular. De Belém, onde liderou o projeto que recolocou o Leão Azul na Série A após 32 anos, ele acompanhou à distância a conquista rubro-negra, mas não como um espectador comum. Parte do elenco que ergueu a taça carrega suas digitais. O caminho que o levou ao Baenão começa justamente no clube que o consagrou.

Por seis temporadas, Braz foi vice-presidente de futebol do Flamengo e um dos personagens centrais na montagem dos elencos multicampeões do período. Participou das negociações mais complexas da década no país, foi peça de confiança de treinadores e jogadores e ajudou a estabelecer a espinha dorsal das campanhas históricas de 2019, quando o time conquistou o Brasileiro e a Libertadores. Sua influência nos bastidores tornou-se uma marca: presença diária no clube, relação direta com o vestiário e capacidade de conduzir decisões estratégicas com rapidez.

Essa ligação com o Flamengo permanece viva. Em entrevista por telefone à reportagem, Braz falou sobre a relação que mantém com profissionais que ajudou a levar ao clube e sobre o simbolismo da semana em que comemorou o acesso com o Remo e viu o Flamengo conquistar novamente o continente.

"O jogo da Libertadores foi especial pra mim. Os jogadores que entraram em campo eu contratei, a comissão técnica eu contratei. Eu só tenho amigo lá dentro, tenho um carinho muito grande. Fico feliz pelo clube. E principalmente pelos amigos do clube, os funcionários, que trabalharam seis anos comigo direto. E muita gente tá lá até hoje. Isso não tem preço. Falei com o Felipe Luiz logo depois do jogo, a gente se falou rápido. Quando o Remo subiu, ele falou comigo também, à noite."

A mudança de rota no Baenão

image Legenda (Igor Mota / O Liberal)

Quando desembarcou em Belém, em maio, Braz chegou ao Remo com a aura de um dirigente acostumado a transformar expectativas em conquistas. O clube vivia um início promissor sob Daniel Paulista, mas ainda distante das condições ideais para se manter competitivo até o fim da Série B. Faltava profundidade, experiência e alternativas táticas — exatamente as áreas em que Braz construiu sua reputação.

Sua atuação foi imediata. Em poucas semanas, empilhou reforços acima do padrão comum ao Remo: Cantillo, Jorge, Marrony, os uruguaios Diego Hernández e Nico Ferreira, o grego Panagiotis e o atacante João Pedro, que se tornaria um dos nomes decisivos do acesso. A chegada desse grupo elevou o nível do time, fortaleceu o elenco para a maratona do campeonato e deu ao clube algo raro nos últimos anos: um projeto crível de ascensão.

A turbulência veio logo depois. A saída repentina de Daniel Paulista para o Sport expôs novamente as fragilidades estruturais do Remo e abriu um período de instabilidade. Braz, mais uma vez, assumiu o protagonismo nos bastidores. Apostou em António Oliveira, que não atingiu o desempenho esperado, mas manteve o clube competitivo graças à base montada pelo executivo. A engrenagem só retomou sua força com a chegada de Guto Ferreira, que embalou seis vitórias seguidas e recolocou o Remo entre os favoritos ao acesso.

No Mangueirão, no dia da vitória que selou o retorno à elite, Braz celebrou como um personagem central da campanha. Enrolado na bandeira do Pará, deu sua própria volta olímpica ao lado dos jogadores e funcionários. O gesto simbolizou não apenas o reconhecimento da torcida, mas a intensidade com que se envolveu no cotidiano azulino.

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