Dia do amor: Paixão das torcidas contagia e emociona torcedora deficiente visual do Paysandu

Conheça a história de Luisa Martins de Sousa Santos, de 21 anos, de Bragança

Andre Gomes
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Nesta sexta-feira (14) é comemorado o dia do amor, um sentimento aliás que tem total relação com o futebol e também com a história da Luisa Martins de Sousa Santos. Torcedora do Paysandu, ela é deficiente visual. Mas nem mesmo as dificuldades diminuem a paixão de Luisa em ir a estádios e ser contagiada pelas mais diversas torcidas.

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A HISTÓRIA

Hoje com 21 anos, Luisa, natural de Bragança e onde vive até hoje, nasceu prematuramente, aos seis meses de gestação. Ela conta que problemas na incubadora ocasionaram a perda da visão. Apesar disso, as sensações e o exemplo dentro de casa permitiram que o futebol chamasse a atenção da jovem, recém-formada em Direito.

"O meu pai sempre foi apaixonado por futebol e pelo Paysandu. Desde pequena via ele assistindo aos jogos, até que foi despertando a curiosidade de ir ao estádio", relatou a garota, que também se diz apaixonada pela Seleção Brasileira.

image Luisa esteve presente no jogo Bragantino x Ceará da última quarta-feira, pela Copa do Brasil (12) (Arquivo Pessoal)

A EXPERIÊNCIA

Geralmente acompanhada pelo pai, Luisa carrega uma ferramenta cada vez mais esquecida na era dos avanços tecnológicos, porém, tão importante para a torcedora em suas idas aos estádios: o rádio.

"O rádio é a melhor ferramenta para a minha integração. A narração da televisão não é precisa. No rádio, o narrador precisa dar o maior número de detalhes possíveis", disse. "Minha experiência no estádio é sempre única, porque gosto muito de sentir a emoção das pessoas. O futebol une as pessoas e sinto muito isso no estádio. Os torcedores comemoram juntos, torcem juntos e sofrem juntos. Acho essa união da torcida fantástica", opinou.

ACESSIBILIDADE: UM ATO DE AMOR

Apesar da emoção de ir ao campo, as necessidades de Luisa e de outros milhares de torcedores paraenses que possuem alguma deficiência ou mobilidade reduzida, nem sempre são atendidas. Neste dia do amor, Luisa revela que deseja melhorias como a implementação da audiodescrição das partidas e espaços mais amplos para cadeirantes. Atitudes que não apenas facilitariam a experiência dos torcedores, mas também seriam atos de amor.

"Quando temos amor ao próximo, deixamos de olhar apenas para nossas questões e começamos a perceber as dificuldades e demandas de outras pessoas. O amor é o resumo de tudo que disse: gosto de futebol e amo ir ao estádio porque o amor da torcida é contagiante. Penso que o futebol deve ser praticado com amor e respeito, não deve ser um lugar de brigas e ofensas. Ele deve unir as pessoas e mesmo torcidas diferentes por meio do respeito", finalizou.

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