Com vaga na Série D de 2025 garantida, Tuna Luso mira reestruturação do estádio a longo prazo
A guinada no futebol tem sido um indicador positivo para a atual gestão, que pretende reforçar os pilares do clube com cautela e responsabilidade financeira
Com a classificação à semifinal do Parazão 2024, em três dos últimos quatro anos a Tuna Luso ficou pelo menos entre os quatro primeiros da elite paraense. Depois de anos no ostracismo, o tradicional clube cruzmaltino está conseguindo estabilidade na elite do futebol e tem como desafio se reestabelecer no cenário nacional. Um dos principais objetivos do clube foi alcançado, a vaga na Série D, a atual gestão tunante mira agora na solidez do futebol a longo prazo.
Para chegar ao objetivo seguinte, no entanto, o clube precisa se debruçar com firmeza sobre o tema mais espinhoso da reestruturação: o gramado do Souza, que, para o diretor de futebol, Éder Pisco, vem sendo tratado com responsabilidade. "Visualmente a gente tem tido problemas, mas em termos de futebol, não. Tivemos uma praga lá que nos obrigou a fazer uma manutenção emergencial e isso trouxe problemas em algumas áreas, justamente as que mais aparecem nas imagens das partidas", explica.
"Mas o campo em si está bem menos pior do que aparenta", prossegue. "Na área próxima às grades externas e arquibancada, tem um escape muito grande de 6 metros. Dessa parte a gente pega grama e replanta em áreas não muito boas. Nessa praga tivemos perda de toda essa área, pois ela se alimentou e deixou um aspecto queimado", detalhe. Apesar disso, ele garante que o caso não é novidade, seja na Tuna, seja no Parazão em geral, que sofre com a falta de estádios.
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"Tivemos uma questão muito séria que foi o uso do estádio pelo São Francisco, ou seja, o Souza recebeu o dobro de jogos e os dias de descanso que o gramado precisa foram eliminados. Além disso, até os melhores estádios apresentaram problemas no gramado, como Baenão, Curuzu e Mangueirão", reforça. A solução, segundo ele, é tentar aderir ao patrocínio estadual, que ajudou a dupla Re-Pa a melhorar suas respectivas estruturas.
"A situação nessa época é inadministrável. Nosso projeto maior e que estamos conversando é conseguir o Banpará Souza. O Banpará patrocinou Baenão e Curuzu, trazendo mais conforto para o torcedor. Estamos nessa expectativa também", revela.
Se o carro chefe do clube tem voltado aos braços do futebol, a gestão lusa planeja também fortalecer o lado social, que por muitos anos, segundo o próprio diretor, foi deixado de lado. "Essa mudança requer um certo tempo, porque em gestões anteriores o clube foi dilapidado estruturalmente, receita de sócios. Isso é um processo que tem que partir da gestão, para que o clube ser superavitário novamente. Escolinhas, parte esportivas, social, tudo isso tem crescido. A questão financeira do clube, mais segura, regrada, o resto acontece com o tempo, mesmo sabendo que tem muito a melhorar, principalmente para os sócios", completa.
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