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Com clássico Re-Pa de quatro gols, reinauguração do Mangueirão completa maioridade nesta terça-feira

Estádio foi reinaugurado em maio de 2002

Nilson Cortinhas

Há 18 anos, no dia cinco de maio de 2002, a dupla Remo e Paysandu reinaugurava o estádio Mangueirão, aquela altura, considerado um dos maiores e mais modernos do Brasil. 

Antes de a bola rolar para o principal clássico do Pará, o estádio ainda sediou o Grande Prêmio Brasil de Atletismo.  

 

Eis a partida 

O clássico valia pela Campeonato Paraense de 2002 e tinha um peso histórico. 

Campeão brasileiro da Série B em 2001, o Papão tinha certo favoritismo, o que é sempre controverso quando lidamos com Re-Pa. Tanto é que o Remo se aproximou da vitória duas vezes naquela partida, que foi extremamente equilibrada e movimentada. 

O placar final apontou 2 a 2. O primeiro gol nasceu de um contra-ataque rápido do Leão, puxado pelo velocista Balão. Ele driblou, em velocidade, o capitão bicolor, Gino, e bateu na saída do goleiro Róbson. 1 a 0. O então atacante azulino relembra detalhes daquela partida. "Eu estava jogando pelo Remo. Tive o privilégio de fazer o primeiro gol. O gramado era excelente, impecável, era um tapete e a bola rolava no estilo Europeu", disse Balão, em contato com a reportagem 

O Paysandu igualou o jogo após um chute preciso do meia Jóbson. Mais um golaço. O Remo ainda faria 2 a 1 numa finalização do volante Chicão, da entrada da área, já no segundo tempo. O Papão deixou o placar igual, de novo, com Jóbson, cobrando pênalti. Albertinho sofreu falta dentro da área. As duas equipes tiveram chances de vencer, mas erraram as conclusões. 

 

Transferência 

Um dos destaques do jogo, Balão viria a protagonizar uma travessia da Almirante Barroso. Dessa vez, do Baenão para a Curuzu. "Assim que acabou o Campeonato Paraense (de 2002), me transferi para o Paysandu", disse. 

Segundo ele, o gol na reinauguração do Mangueirão, aliado a outros bons momentos diante do Papão, proporcionaram a transferência. "O que vinha fazendo em 2002, principalmente nos jogos contra o Paysandu, eu me destacava... Quando não fazia gols, atormentava a zaga. A lógica é, claro, enfraquecer o rival e fortalecer o seu time. Isso o Paysandu fazia bem. Fez comigo, fez com o Vélber", relembrou, citando outra travessia. Na época, Balão considerou que o Paysandu era mais atrativo dos pontos de vista esportivo e administrativo. "Infelizmente, o Remo não passava por um bom momento naquela época. O Paysandu iria disputar uma Série A. Não me arrependo do que fiz. Se o Remo tivesse bem, com as finanças organizadas, talvez, não tivesse saído". 

Balão teve uma boa passagem pelo clube bicolor, destacando-se em vários jogos de alto nível. 

 

Lembra? 

Com obras em toda a sua estrutura e um novo placar eletrônico, o Mangueirão foi reinaugurado adaptado às normas da Fifa da época, que determinava, por exemplo, a eliminação da arquibancada geral. O número de lugares foi reduzido de forma significativa: de 70 mil para 54,6 mil pessoas sentadas. 

Outra adaptação foi no tamanho do gramado. Foi adotada a medida de 105 x 68 metros. O detalhe é que ainda foi viabilizada uma pista olímpica com 400 metros de extensão. O investimento público foi de aproximadamente R$ 29,5 milhões. 

Na época, havia uma polêmica com relação ao nome do estádio. A administração pública, do governador Almir Gabriel (PSDB), divergiu com a Assembléia Legislativa em função da mudança do nome de Edgar Proença para Estádio Olímpico do Pará. Nos convites para reinauguração do Mangueirão, constava o nome de "Estádio Olímpico do Pará".

Hoje, o estádio é considerado obsoleto. O atual Governo do Estado anunciou a pré-disposição em reformá-lo, no começo deste ano. A Secretaria de Obras Públicas conduz o processo, que foi interrompido por conta da pandemia do novo coronavírus.

O projeto estava na fase de adaptações e sugestões, segundo informações da Secretaria de Esporte e Lazer, entidade pública que administra o estádio. Recentemente, dois episódios  apontaram a necessidade de reforma: ambos tiveram queda da estrutura do teto do estádio, felizmente, sem vítimas. No momento, a praça esportiva está sendo utilizada para abrigar moradores em situação de risco como uma medida de enfrentamento ao coronavírus.   

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