Árbitras do Pará passam em teste físico da FIFA e instrutor diz: 'É história sendo escrita'

O instrutor físico, Pedro Alves, detalhou como foi a preparação das árbitras para o teste da FIFA

O Liberal
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Duas árbitras paraenses, Nayara Lucena e Gleika Oliveira, superaram o exigente teste físico da Federação Internacional de Futebol (FIFA), realizado recentemente no Rio de Janeiro. O exame é considerado um dos mais rigorosos do mundo e exige alto nível de preparo físico, mental e técnico. Segundo o instrutor físico Pedro Alves, responsável pelo treinamento das atletas, a avaliação consiste em completar 10 voltas na pista de atletismo, com trechos de 75 metros em velocidade média de 18 km/h intercalados por 25 metros de caminhada, sempre acompanhando o ritmo de um sinal sonoro. Além disso, são aplicados testes de velocidade: 30 metros para assistentes e 40 metros para árbitros, em que os participantes chegam a atingir de 25 a 35 km/h.

Treinos específicos para o teste

Pedro explica que, ao receber a convocação, a preparação das árbitras passou por ajustes voltados às exigências da FIFA. “Elas já tinham uma rotina constante de treinos, mas direcionamos os trabalhos para resistência de velocidade, sprints curtos, treinos aeróbicos-láticos e também para a aclimatação, já que o clima do Pará é muito diferente do Rio de Janeiro”, disse.

image Pedro Alves é o instrutor físico que comandou os treinos e toda a preparação das árbitras (Arquivo pessoal)

Desafios e conquistas

O instrutor ressaltou que o maior desafio foi adaptar as atletas ao ritmo específico do teste em pouco tempo, devido à proximidade da convocação com a data da avaliação. “O comprometimento delas fez toda a diferença”, afirmou. Apesar do resultado, Nayara e Gleika ainda não integram o quadro internacional de árbitros da FIFA, que já está completo no momento. No entanto, Pedro acredita que a performance das paraenses abre caminho para futuras oportunidades.

Orgulho para a arbitragem do Norte

Para o instrutor, a conquista é um marco para a arbitragem da região. “O Norte, e especialmente a Amazônia, enfrenta muitas dificuldades de visibilidade. Ter duas mulheres do Pará superando esse desafio mostra que temos condições de competir em nível nacional e internacional”, destacou. Pedro também celebrou a conquista em tom pessoal. “A arbitragem sempre fez parte da minha vida. Ver duas árbitras da Amazônia alcançando esse nível é emoção e orgulho. É história sendo escrita”, finalizou.

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