Fisiculturismo ganha força no Pará e conquista espaço nacional com atletas de destaque Com crescente adesão e apoio institucional, o esporte se consolida no estado Luiz Guillherme Ramos 08.06.25 8h00 O fisiculturismo no Pará vive um dos seus momentos mais expressivos. Antes restrito a poucos praticantes e competições discretas, o esporte hoje atrai centenas de atletas e movimenta um público cada vez maior, impulsionado pela profissionalização das federações, pelo apoio institucional e pelo fortalecimento das academias. Esse cenário tem como uma de suas principais representações o paraense Roberto Costa, 53 anos, tricampeão brasileiro na categoria Classic e Bodybuilding Sênior, e integrante da seleção brasileira. A trajetória dele inspira não apenas atletas veteranos, mas também novos adeptos que encontram no esporte uma forma de superação pessoal e evolução física. “Enquanto eu tiver fôlego e força para treinar e competir, assim o farei, pois é o esporte que amo e o amor por ele é para a vida inteira”, afirma Roberto, que se prepara para o 55º Campeonato Brasileiro, o maior evento do país, promovido pela IFBB Brasil, que será realizado em São Paulo, no próximo mês de julho. Roberto adota uma rotina de treinos puxada para as principais competições do calendário nacional. (Carmem Helena / O Liberal) Representatividade nacional Natural de Belém, Roberto é educador físico e começou sua trajetória competitiva apenas aos 42 anos, depois de uma juventude em que já se interessava por musculação, inspirado pelos pôsteres do ícone Arnold Schwarzenegger, como o próprio atleta relembra. Sua história reflete um dos aspectos mais marcantes do fisiculturismo: a possibilidade de iniciar, evoluir e se destacar em qualquer fase da vida. “Levei dois anos para conquistar meu primeiro título. A partir daí, entendi o que era realmente o fisiculturismo: não é apenas musculação, é um processo técnico, estratégico e extremamente disciplinado”, explica. Com 11 anos de carreira, Roberto ostenta um currículo invejável, sendo tricampeão brasileiro, tetracampeão internacional, além de mais de 25 títulos estaduais. Para ele, o fisiculturismo é uma ciência aplicada ao corpo: “Você precisa alinhar treino, dieta, manipular alimentos, equilibrar nutrientes... É um processo que exige tempo e muita dedicação, para alguns minutos de apresentação no palco.” Atualmente, ele se prepara para o Campeonato Brasileiro, ajustando sua rotina alimentar e de treinos conforme as fases do processo. “Existe um gráfico: uma hora sobe, outra desce, depois sobe um pouco mais. A preparação é dinâmica e exige muito foco”, diz. Fisiculturismo Carmem Helena / O Liberal Carmem Helena / O Liberal Carmem Helena / O Liberal Carmem Helena / O Liberal Carmem Helena / O Liberal Carmem Helena / O Liberal Carmem Helena / O Liberal Carmem Helena / O Liberal Carmem Helena / O Liberal Carmem Helena / O Liberal O esporte além dos palcos Mas o avanço do fisiculturismo paraense não se resume a casos individuais de sucesso. O presidente da Federação Paraense de Fisiculturismo (IFBBPA), Rosivan Cardoso, destaca a expansão institucional e a importância do apoio público e privado para consolidar a modalidade no estado. “Estou à frente da Federação há 11 anos, mas ela existe há 33. Quando assumi, nosso objetivo foi buscar apoio, fazer diferente, e hoje vemos os frutos desse trabalho. No último campeonato, tivemos 378 atletas inscritos e um público circulante de mais de 1.300 pessoas”, celebra. Segundo Rosivan, a parceria com a Secretaria de Esporte do Estado do Pará (SEEL), além de parceiros da iniciativa privada, foi essencial para impulsionar o esporte. “Há cinco anos começamos a ter apoio da SEEL. A cada ano, conseguimos melhorar. Neste último campeonato, inovamos até nos troféus, que repercutiram até fora do Brasil. Recebemos mensagens de outras federações internacionais”, conta. Para ele, o fisiculturismo no Pará deixou de ser um nicho para se tornar um movimento esportivo relevante, que fomenta saúde, bem-estar e também negócios. "Hoje eu digo que estou surpreso pela procura da juventude pelo esporte. Hoje tivemos atletas de seis anos, na categoria kids, que disputaram o paraense de estreantes. Temos atletas especiais, com alguma dificuldade motora, além de estreantes. Hoje a juventude procura o fisiculturismo, devido a muitos atletas como referência. Hoje o esporte chega em todos os municípios, incentivando jovens, como foi neste paraense, com mais de 40 atletas abaixo de 18 anos. Estamos criando futuros atletas, espalhados por cidades como Abaetetuda, Canaã de Carajás, Marabá, Parauapebas, Mãe do Rio, entre outras, além da capital". VEJA MAIS 33º Campeonato Paraense de Fisiculturismo promete movimentar Belém neste sábado (31/05) Com recorde de inscrições, o campeonato conta com 398 atletas — 198 na categoria de estreantes e 200 no estadual Mulheres fisiculturistas: superando a depressão e preconceitos por meio do esporte Descubra a jornada diária e os obstáculos enfrentados pelas competidoras determinadas a alcançar a evolução contínua do desempenho físico e corporal Brasileiro Ramon 'Dino' vence Arnold Classic Ohio, nos Estados Unidos; veja a apresentação O brasileiro venceu o campeonato de fisiculturismo e fez história como o primeiro do país a ganhar o título Academias cheias e novos adeptos Um dos reflexos mais visíveis dessa expansão está nas academias, que vivem uma verdadeira efervescência. Mônica Saraiva, 45 anos, empresária e praticante de musculação, percebe esse crescimento de perto. Proprietária da M10 Academia, ela começou como aluna, se apaixonou pelo universo da musculação e acabou empreendendo no setor. “O fisiculturismo entrou na minha vida através do Roberto, que conheço há 14 anos. Ele me apresentou o esporte e eu me apaixonei”, relembra. Para ela, o crescimento do fisiculturismo se conecta com uma mudança de mentalidade da sociedade: “Hoje, até os médicos incentivam a musculação para fortalecimento muscular. A procura aumentou muito, tanto que pela manhã temos muitos idosos treinando, de 70, 75, até 80 anos. E à noite, a academia está sempre lotada.” Mônica acredita que a visibilidade do esporte, impulsionada também pela mídia e pelas redes sociais, contribuiu para derrubar preconceitos e aproximar o fisiculturismo do público geral. “Antes havia muito estigma, hoje as pessoas entendem a importância da atividade física e se inspiram nos atletas.” Modalidade que exige superação O fisiculturismo, que já foi visto apenas como um esporte de elite ou de estética exagerada, hoje se apresenta como uma prática de saúde, disciplina e superação. No Pará, essa mudança é visível nos números, no apoio governamental, na profissionalização das academias e, principalmente, nas histórias de vida que chegam para enriquecer o esporte a cada dia. Roberto Costa resume bem esse espírito: “O esporte não impõe limites de idade. Enquanto você estiver ativando seu músculo, ele vai responder. Se não der mais, ele vai responder também. O importante é seguir, com disciplina, paixão e amor pelo que se faz.” Com atletas de destaque, uma federação atuante e academias em expansão, o fisiculturismo paraense segue em franca ascensão, consolidando não apenas o esporte em si, mas também uma prática saudável que coloca lado a lado a famosa expressão: 'mente sã, corpo são'. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave mais esportes fisiculturismo campeonato brasileiro de fisiculturismo jornal amazônia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Esportes . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! 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