Do Combu ao Havaí: a saga entre ilhas do remador paraense rumo ao mundial de canoagem havaiana A história de Abimael da Silva Pinheiro, conhecido como 'Boca', surpreende pela inspiração da ancestralidade que o tornou o remador 'mais rápido da Amazônia' Aila Beatriz e Luiz Guilherme Ramos 31.03.24 8h00 Abimael, o popular 'Boca', é um verdadeiro talento da canoagem havaiana. (Divulgação) Nascido e criado às margens do Rio Guamá, mais precisamente na Ilha do Combu, o apanhador de açaí Abimael da Silva Pinheiro, mais conhecido como 'Boca', cultiva uma história de vida simples e inspiradora. A rotina diária entre o topo das palmeiras tropicais e as águas barrentas que o transportam nas obrigações diárias encontrou no esporte um talento incomum, que hoje rompe as barreiras geográficas, fazendo dele o 'remador mais rápido da Amazônia'. O reconhecimento da maestria na canoagem havaiana é tamanho, que 'Boca' foi classificado para disputar o Campeonato Mundial de Va'a Velocidade 2024, a ser disputado no mês de agosto, no Havaí. A ligação do ribeirinho com o esporte começou por um acaso da vida. A residência dele fica ao lado da sede do Amazônia Va'a, a única base de canoa havaiana na região das ilhas. O primeiro contato foi em 2020, com a intervenção do técnico Paulo Carvalho, que, ao perceber o talento de seu novo vizinho, fez a apresentação oficial do esporte que transformou a vida do agora remador. "Foi uma surpresa a gente conhecer pessoas dessa comunidade que também fizessem do esporte um meio de vida. O Boca participa de todos os campeonatos e é um grande vitorioso", declara. Abimael da Silva Pinheiro Divulgação Divulgação Divulgação Divulgação Divulgação Divulgação Com a prática agora mais profissionalizada, Abimael identificou-se na categoria V1 (Canoa havaiana individual sem leme, sendo necessário saber lemear com o próprio remo) e, dois anos depois, começou a conquistar os primeiros títulos. Hoje são mais de 10. O mais importante desta galeria aconteceu no ano passado, em Brasília. A medalha de bronze na categoria V1 40+ do Campeonato Brasileiro de Va'a de Velocidade garantiu uma vaga no Mundial de Va'a Velocidade. De ilha em ilha, do Combu ao Havaí, Boca vai escrevendo uma brilhante história na canoagem havaiana paraense. "Um dia o Paulo foi em casa e me chamou para disputar um campeonato em Brasília. Eu aceitei o convite e começamos a treinar. A competição era de V1 e OC6. Fomos e eu entrei na V1 +40. Isso em outubro do ano passado. Nós conseguimos um resultado bom e nessa faixa eu fiquei em terceiro. Pela V1, quem ficasse entre os três primeiros garantia vaga para o Havaí e eu estava entre eles pela minha escola, a Amazônia Va'a. Se Deus quiser vamos conseguir recursos para chegar lá. Estamos lutando para isso", garante. VEJAS MAIS Família no esporte: mãe inspira filhos a adotarem estilo de vida mais saudável por meio da canoagem A aposentada Ana Paula Rezende levou os filhos Thyago e Mateus para a canoa havaiana. Hoje o trio participa de competições regionais e nacionais na modalidade. Em live no Instagram, Igor Vianna fala sobre a Expedição Rio Amazonas 2023 Canoa Paidégua abre vagas de remada para iniciantes Hoje, a principal questão para a disputa do Mundial é a financeira. Boca e o técnico se uniram em uma campanha para arrecadar fundos que o levam, junto com o treinador, para o Havaí. Os custos estimados de viagem batem a casa dos R$ 20 mil, entre passagens, hospedagem, transporte e alimentação, além dos custos para a competição, que reúne os melhores remadores do mundo em várias categorias. Toda essa reviravolta na vida de Boca tem sido um momento único, que além das disputas, trouxe também um amigo, justamente o técnico Paulo Carvalho, o grande responsável por colocá-lo em contato com a canoagem havaiana. "A canoagem, ela chegou aqui, na nossa ilha do Combu, quatro anos atrás. O Paulo comprou um pedacinho de terra aqui e montou uma base de canoa havaiana. Aí ele me convidou para remar com ele, e aí a gente começou a remar, treinar junto. Daí vieram as competições e até hoje nós estamos aqui na luta", relembra o remador, que garantiu a vaga no mundial em sua primeira competição fora do estado. "Para fora mesmo eu só fui a Brasília, mas aqui em Belém, todos os campeonatos que tem no canoa havaiana, onde aparecem vários clubes, em todos a gente participa aqui pela Amazônia Va'a. E graças a Deus, em quase todas as provas eu consigo pegar em primeiro lugar”, finaliza. Doações Até o momento, Boca está próximo de atingir R$ 2 mil em doações. Quem quiser contribuir pode fazer uma doação de qualquer valor na página criada para arrecadar as doações neste link, ou acessar o endereço: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/do-combu-para-o-havai?utm_source=site&utm_medium=product-thanks-page Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave canoagem havaiana ilha do combu campeonato mundial de va'a velocidade 2024 havaí esporte paraense amazônia va'a jornal amazônia esportes mais esportes COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Esportes . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! 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