Clubes paraenses aprovam mudanças da CBF para a Série D, mas alertam para desafios financeiros A partir de 2026, a competição terá 96 clubes e seis vagas de acesso à Série C; dirigentes de Águia, Bragantino e Castanhal comentam expectativas e impactos Iury Costa 02.11.25 9h00 Clubes da Série D aprovaram as mudanças. (Marcos Freitas / Agência Mirassol) Desde que assumiu o cargo, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, vem promovendo uma série de mudanças no futebol brasileiro. Entre as alterações previstas para 2026 está uma reformulação no formato da Série D, competição que mais oferece vagas a clubes paraenses no cenário nacional. A nova configuração da Série D prevê um aumento no número de participantes, de 64 para 96 clubes, e um novo sistema de acesso, com seis vagas disponíveis para a Série C do Campeonato Brasileiro. Além disso, o número de partidas passará de 510 para 610, e o calendário será mantido dentro das mesmas 24 datas. A competição está programada para ocorrer entre 5 de abril e 13 de setembro de 2026. Com o novo formato, a fase inicial será composta por 16 grupos de seis clubes, dos quais quatro avançam para o mata-mata. Os 32 classificados para a terceira fase estarão automaticamente garantidos na Série D do ano seguinte, com exceção dos que conquistarem o acesso. Outra novidade é que os quatro eliminados nas quartas de final disputarão um playoff extra por duas vagas na Série C, totalizando seis clubes promovidos. No Pará, a mudança gerou reações positivas entre dirigentes de clubes que disputam a competição nacional, embora também traga preocupações em torno do planejamento financeiro e logístico. O Núcleo de Esportes de O Liberal ouviu os presidentes de Águia de Marabá, Bragantino e Castanhal sobre o novo modelo da Série D. “É uma ótima oportunidade”, diz presidente do Águia O presidente do Águia de Marabá, Sebastião Ferreira Neto, o Ferreirinha, avaliou de forma bastante positiva o aumento de clubes e de vagas para o acesso. Para ele, a mudança amplia as oportunidades para as equipes do interior e pode recolocar o Águia entre os protagonistas do cenário nacional. “Recebemos essas alterações com muita positividade. O aumento do número de equipes traz uma maior oportunidade para todos. Mesmo tendo uma vaga assegurada em 2026, estamos trabalhando na montagem de uma equipe forte, com o objetivo de retornar à Série C. Com seis vagas disponíveis, entendemos que é uma ótima oportunidade e, por isso, não vamos medir esforços para conquistar esse acesso”, afirmou Ferreirinha. O dirigente também destacou que, embora a CBF já repasse cotas aos clubes participantes, os valores ainda não são suficientes para bancar uma campanha competitiva. O time marabaense gostou das mudanças (Facebook/ @AguiadeMarabaFCOficial) “As cotas atuais não suprem as necessidades de investimentos de clubes como o nosso. Para disputar e conquistar acesso, é preciso investir mais. Esperamos que, com esse novo formato, a CBF também amplie o aporte financeiro para as equipes da Série D”, completou. Ferreirinha acredita ainda que as mudanças tornarão o Campeonato Paraense mais equilibrado, uma vez que os clubes tendem a se reforçar em busca de vagas nas competições nacionais e na Copa do Brasil. “Com mais vagas em disputa e maior projeção, nossos adversários também vão se fortalecer. Isso eleva o nível do Parazão, principalmente entre os clubes do interior, que vão buscar uma estrutura mais competitiva. Por isso, também precisaremos investir mais, sempre respeitando nosso planejamento financeiro”, disse. Bragantino vê ampliação como “melhor coisa possível” O presidente do Bragantino, Cláudio Wagner, também aprovou as mudanças anunciadas pela CBF. Para ele, o novo formato é benéfico especialmente para clubes que ficam sem calendário nacional, já que o aumento para 96 participantes amplia as possibilidades de classificação. “O aumento foi ótimo. É uma possibilidade maior de conseguir vaga e, para nós, a melhor coisa possível. Os clubes que vão disputar a Série D de 2026 terão mais chances de subir para a Série C, já que agora são seis vagas. Acreditamos que o Pará deve manter uma vaga, e que essa vaga será do Bragantino, por mérito e histórico recente”, destacou. Wagner explicou que, nos últimos anos, a disputa da Série D se tornou menos onerosa, já que a CBF passou a repassar valores fixos aos clubes participantes. “Antes, os clubes precisavam bancar tudo. Agora, há repasses da CBF por fase, o que ajuda bastante. Isso torna o campeonato mais atrativo e menos pesado financeiramente. Além disso, o estadual deve ter redução no número de datas, o que também diminui os custos para as equipes”, afirmou. (Divulgação Bragantino) O dirigente também destacou que o novo formato deve aumentar o nível técnico do futebol paraense: “Com mais vagas e a possibilidade de disputar competições nacionais, o campeonato estadual vai ficar mais disputado. Hoje o Pará já tem cinco vagas na Copa do Brasil e pode chegar a seis. Isso atrai mais investimentos e jogadores de qualidade.” Castanhal adota cautela e aguarda posicionamento oficial Entre os clubes consultados, o Castanhal preferiu adotar cautela. O presidente do Japiim informou que não irá se manifestar até que as mudanças sejam oficialmente protocoladas pela CBF. Tuna não respondeu A Tuna Luso Brasileira foi procurada pela reportagem, mas não retornou até o fechamento desta edição. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave esportes série d 2026 cbf águia de marabá bragantino castanhal tuna luso brasileira COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Esportes . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! 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