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Retorno do Talibã ao poder eleva medo de jogadoras da seleção feminina afegã, afirma ex-capitã

A entrevista foi realizada por videoconferência e a ex-atleta relatou o drama das mulheres que representam o país no futebol

O Liberal, com informações da Associated Press
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Após o retorno do Talibã ao poder do Afeganistão, as mulheres que representam a seleção de futebol do país estão temendo pelas suas vidas. A ex-capitã da equipe e diretora da federação nacional, Khalida Popal, relata o drama das conterrâneas que representam o país na modalidade. As informações são da agência Associated Press.

A ex-atleta relatou em entrevista que vem recebendo diversas ligações e mensagens de voz das atuais jogadoras desesperadas e com medo do que podem sofrer. Popal tem as aconselhado abandonar suas casas, escapar de perto de vizinhos que conheçam seus trabalhos e apagar qualquer vestígio de seus históricos.

“Isso destrói o meu coração, porque durante todos esses anos nós trabalhamos para aumentar a visibilidade da mulher e agora estou dizendo a uma mulher no Afeganistão para calar a boa e desaparecer. A vida delas está em perigo”, revelou Khalida Popal em entrevista por videoconferência.

Segundo a sharia - as leis islâmicas -, as mulheres que forem flagradas infringindo as regras sofrem humilhações e espancamentos públicos pela polícia religiosa do Talibã. Eles atuam sob uma interpretação rígida da lei.

Khalida Popal precisou fugir do país com a sua família em 1996, quando, pela primeira vez, o Talibã tomou o controle do país. Viveu durante anos nos campos de refugiados no Paquistão e retornou ao Afeganistão em 2001, quando o grupo foi derrubado.

Durante o primeiro governo do Talibã, as mulheres não podiam trabalhar, as meninas não podiam frequentar as escolas, todas tinham que cobrir o rosto e, sempre, precisavam estar acompanhadas de uma figura masculina se quisessem sair de casa.

A ex-capitã da seleção feminina do Afeganistão é fundamental para promover as iniciativas em prol dos direitos das mulheres em seu país, através do esporte. Durante os anos de 2007 e 2011 atuou como jogadora da equipe nacional e, após esse período, tornou-se diretora da federação.

Desde 2006, Khalida, 34 anos, fugiu do Afeganistão após sofrer com ataques verbais e ameaças de morte. Hoje vive na Dinamarca, onde tem asilo político.

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