Preço da tonelada do cacau ultrapassa US$ 9 mil pela primeira vez na história

A expectativa é de que o avanço do cacau se reflita em custos mais altos de chocolate ao longo do ano

O Liberal
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Pela primeira vez na história, o preço da tonelada do cacau ultrapassou os US$ 9 mil. Isso porque a escassez de oferta afeta o mercado e os fabricantes de chocolate lutam por conseguir compras os grãos. Somente neste mês, os contratos futuros subiram cerca de 50%; no ano, mais que dobraram.

O setor ficou em uma situação difícil após colheitas ruins devido ao mau tempo e doenças nas plantações dos produtores da África Ocidental, onde a maior parte do cacau do mundo é cultivada, além de poucos sinais de melhora na produção em outros lugares. Essa alta elevou os preços a um nível que tornou o cacau mais caro que o metal cobre.

A expectativa é de que o avanço do cacau se reflita em custos mais altos de chocolate ao longo do ano. Na Páscoa, os ovos já estão ficando mais caros devido ao aumento de preços do ano passado, e alguns fabricantes estão reduzindo o tamanho das barras ou promovendo variedades com outros ingredientes para amenizar o impacto.

Alta é sentida no mundo

O reajuste notado nos futuros foram de até 2,8%, para US$ 9.188, em Nova York. Em Londres, o cacau também subiu. No entanto, embora os preços tenham disparado, os especuladores têm se retirado do mercado.

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O interesse aberto, número de contratos em aberto, caiu de um pico no final de janeiro, e os gestores de fundos reduziram suas apostas líquidas otimistas para o menor nível em um ano na última semana. Isso sugere que compradores físicos podem ter desempenhado um papel fundamental na alta dos preços.

A situação de oferta corre o risco de piorar. Novas regras da União Europeia visando impedir que produtos de regiões desmatadas sejam vendidos nas lojas podem tornar ainda mais difícil para os principais fabricantes de chocolate garantir a matéria-prima.

O foco agora está voltado para a próxima safra intermediária da África Ocidental, a menor das duas colheitas anuais. Como informou a Bloomberg no início deste mês, o órgão regulador do setor na Costa do Marfim, maior produtor do mundo, espera que ela diminua nesta temporada.

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