Posso financiar um segundo imóvel depois de quitar o primeiro? Saiba a seguir.

Entenda de que forma funciona o segundo financiamento e como saber se é a hora certa para realizar um novo investimento.

Vitória Galvão | Especial para O Liberal
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Apesar de ainda ser maioria, a porcentagem de brasileiros com casa própria vem caindo. Dados do levantamento Características dos Domicílios do Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado em 2024 registrou que 72,2% têm casa própria sendo estas compradas, quitadas, em financiamento, por herança ou doação. Mas há a possibilidade, para quem já financiou um imóvel pela Caixa Econômica, de adquirir outro, porém há condições e regras a serem seguidas. 

A estabilização da casa própria pode ser um dos principais desejos dos brasileiros que moram em aluguel, número que aumenta a cada dia mais, atualmente estes registram próximo dos 21% de brasileiros. Mas para quem já está estabilizado com seu primeiro imóvel pode surgir a dúvida sobre o próximo passo: como saber se é uma boa escolha após quitar o primeiro financiamento, adquirir um segundo imóvel? Para Ramon Vital, consultor patrimonial e de investimentos, a primeira medida a ser tomada é entender como está a gestão financeira da família, logo, precisam confirmar os seguintes pontos:

- Se o valor da prestação cabe no orçamento mensal, ou seja, se ao longo dos anos terão a condição de honrar com o compromisso de pagar a prestação todo mês

- ⁠Verificar a taxa de juros do financiamento e CET (Custo Efetivo Total) 

- ⁠Confirmar se a taxa de juros sofre atualização de alguma indicador (inflação, poupança e etc).

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Após esse primeiro passo, a próxima etapa é ir ao banco para descobrir as condições mais favoráveis para o seu financiamento. Rafaella Araujo, corretora de imóveis e correspondente da Caixa Econômica credenciada, ressalta que é necessário regularizar todos os documentos do primeiro imóvel e dar uma entrada de 20% a 30% do valor do financiamento do segundo. Por essa razão, é importante possuir saldo tanto para a regularização do imóvel como pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e a escritura da casa que necessita ser lavrada e paga em cartório, por isso essa próxima decisão necessita ser bem avaliada.

FGTS e Minha Casa Minha Vida

Existem diversas variáveis para cada situação. Tendo isso em vista, deve-se atentar aos detalhes para o investimento não se tornar uma dívida inviável.

Para quem está considerando usar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como entrada, a notícia é boa: o FGTS pode sim ser utilizado como entrada, entretanto, existem pormenores aos quais é necessário se atentar.

Se você já possui um imóvel não é possível financiar o segundo na mesma cidade utilizando o FGTS. Entretanto, se você busca adquirir um imóvel em outra cidade ou estado, o Fundo de Garantia pode sim ser utilizado como entrada. Já para quem possui um financiamento ativo no banco, seja ele público ou privado, o FGTS não será aceito como entrada.

A quem possui o primeiro imóvel pelo programa federal Minha Casa Minha Vida, por exemplo, não é possível adquirir o segundo imóvel pelo mesmo benefício, entretanto, é totalmente viável adquirir um segundo imóvel financiado se você corresponder aos requisitos de renda do banco da sua escolha.

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Quais seriam os prós e contras de um financiamento dentro desse contexto? Ramon Vital esclarece:

Prós: Possibilidade de comprar o imóvel mais rápido, sem esperar anos para juntar o valor total; O imóvel pode valorizar ao longo do tempo; possibilidade de usar o FGTS para entrada ou amortização.

Contras: Dívida de longo prazo, comprometendo parte da renda por muitos anos; juros elevados, o que aumenta o custo final do imóvel; risco de perder o imóvel em caso de inadimplência.

Ramon e Rafaella convergem sobre como bater o martelo e decidir sobre a compra de um segundo imóvel, é preciso ter consciência da renda familiar e observar a margem financeira existente, avaliar se a família já não possui algum dívida, capacidade de pagamento atual, considerar a taxa ⁠de juros e as condições do novo contrato, ter uma boa reserva financeira e analisar bem o objetivo do novo imóvel.

 

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