Moda praia vende até 110% a mais nas férias que no restante do ano em Belém

Vendas começam ainda em junho e seguem até metade de agosto

Maycon Marte

O período mais quente do verão e a aproximação das férias de julho intensificaram as vendas no segmento de moda praia em Belém. A empresária paraense Ronna Rafaela explica que o faturamento nesse período chega aos 110% e se estende com uma boa margem até depois do mês de férias. Ela nota um desempenho de vendas melhor que o registrado no ano anterior, quando o aumento foi de 90% no mesmo período analisado, o que, na sua avaliação, pode ser resultado dos grandes eventos sediados na cidade, a exemplo da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30).

A empresária explica que esse movimento ocorre anualmente e com uma preparação que extrapola apenas o período de julho. Os consumidores começam a buscar por opções de biquínis e outras peças ainda no mês de junho, já em preparação para as viagens de férias. Essa demanda segue, segundo ela, até a metade do mês de agosto, quando a maioria dos consumidores retorna a rotina normalmente.

“A gente triplica essa movimentação. Costumo dizer que o verão aqui é o ano todo, mas essa época melhora e muitos começam em junho já, quando o mercado está mais quente por conta do São João, aí já embarca no mês de julho”, explica.

Os preços neste verão não aumentaram, o que, segundo ela já é normal. A média de valores cobrados nas principais peças varia de R$ 99 a R$ 239. Para Rafaela, todos os anos no período com maior demanda, os fornecederoes tendem a manter os preços na margem do restante do ano, sem grandes alterações.

Mesmo com o consumo intensificado, a empresária elabora estratégias para cativar o público e fidelizar uma clientela. Ela explica que, nesse segmento, é importante sempre ficar atento às tendências de mercado. “A gente que trabalha com moda praia precisa estar dentro das tendências, porque as pessoas procuram e nós temos que ter para oferecer. Muitas tendências e tecidos que estavam em alta ano passado já ão estão esse ano”, avalia.

Neste ano, a aposta foram cores e texturas diferenciadas, o que ela associa as personalidades dos consumidores. Clientes mais brandos costumam preferir peças de cores únicas, com poucos detalhes, enquanto as pessoas mais expansivas optam por cores e estampas chamativas. Mas, o campeão de vendas e procura entre os consumidores na temporada deste ano foi o maiô, que, segundo a empresária caiu no gosto dos clientes.

“O maiô era antigamente para mulheres mais fortes, mas hoje o ele é elegante, então ele veste os dois corpos, tanto a mulher mais cheinha, quanto a mulher mais magra”, explica.

Corpos reais

Apesar de a demanda seguir uma periodicidade demarcada pelo fluxo de passeios, a empresária aposta em um segmento de produtos focado na demanda de mulheres fora do padrão. Rafaela reforça que esse perfil de consumidoras representa um nicho muito rentável, com uma busca pelas peças o ano todo, já o objetivo principal é conforto e autoestima. A iniciativa tenta valorizar corpos de diferentes pesos e medidas, sem excluir ou priorizar um único padrão.

“Escolhi trabalhar com os corpos reais por ser essa cliente em qualquer outro lugar antes de ser cliente e eu senti essa necessidad. Hoje eu trablho com essas peças exatamente pelo conforto das minhas clientes”, observa Rafaela.

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Consumo

Mesmo sem viagens específicas planejadas, a autônoma Dulce Mendonça, natural do município de Cametá, nordeste paraense, não deixou de adquirir peças novas para o verão. Segundo ela, a sua escolha por roupas também é atravessada pela autoestima, por isso, julga como essencial que haja uma moda inclusiva, com possibilidades para todos. Quanto aos gastos, ela ainda não definiu uma meta, mas está disposta a “gastar o necessário”, para se vestir bem e ficar confortável.

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