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População diz que recuo do preço dos combustíveis é imperceptível em postos de Belém

Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Pará diz desconhecer informações sobre recuo oficial do preço

Natália Mello
fonte

Uma pequena variação no preço dos combustíveis em Belém passou despercebida pela população, que vem pagando caro para se locomover de automóvel na região metropolitana (RMB). Com uma trajetória que foi de R$ 7,45 no dia 13 de março para R$ 7,35 no último dia 8 de abril, informada pelo Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Pará (Sindicombustíveis/PA), motoristas continuam a reclamar dos valores praticados nos postos da RMB.

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Emerson Almeida, de 34 anos, é treinador de futebol e diz que gasta, em média, R$ 500 por mês somente com combustível. “É tanto aumento que consegue nem notar a diferença e nesse caso nem mudou muita coisa. A gente viajava bastante final de semana, ia para o clube com a família, mas a gente está viajando menos bem menos, reduzindo as saídas até mesmo aqui dentro da cidade nos finais de semana, restringindo a prioridade, lógico, para o trabalho, aí a gente acaba privando de algumas coisas”, declarou.

Segundo o último levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), publicado no início do mês de março, o valor por litro variava entre R$ 7 e R$ 8, após a autorização de novo reajuste por parte da Petrobrás, desde o dia 11 de março. Antes da data, o preço médio do litro variava entre R$ 6,50 e R$ 7.

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O autônomo Renato Anchieta, de 58 anos, considera o momento complicado, especialmente para ele, que também atua como motorista de aplicativo. “A gente tem que se virar como pode. Sobre esse recuo, eu praticamente nem percebi, quando eu fui abastecer, nos postos que costumo abastecer com frequência, que sei os preços, dá para ver um pouco mais barato, mas o prejuízo continua sendo enorme, no final das contas”, reclama.

Eleny Cavalcante é pedagoga e tem 67 anos. Na sua casa, ela abastece três carros e conta que vem sentindo o impacto desses constantes aumentos. “Eu tento administrar a questão do combustível, porque a cada dia a gente tem reajuste, né? Não só do combustível, mas do combustível mais do que incomoda. Por exemplo, uso o cartão de crédito pela facilidade e para pagar a gasolina é ainda mais caro, imagina, abastecer os três carros que tenho para abastecer em casa, e eu não posso andar de ônibus devido a uma limitação nos braços, complicado”, conclui.

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De acordo com Osvaldo Miranda, proprietário de um posto de gasolina, essa pequena mudança nos preços não é considerada autorizada, é uma forma de ganhar mais de dinheiro. “É apenas uma guerra de preços entre a revenda. É para medir forças para ver quem quebra primeiro. Apenas isso”, diz. Sobre as próximas semanas, ele avalia. “Acredito que haverá queda nos preços em função da queda do petróleo no mercado internacional, bem como a queda do dólar no mercado interno”, pontuou.

Já o proprietário de outro posto, Mário Chermont, não acredita que vá haver redução no preço dos combustíveis que chegam às bombas. “Não vai baixar o preço da gasolina pelo fato do preço hoje estar muito defasado, e isso se deve à concorrência que temos”, afirmou, complementando que o movimento segue normal.

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Sobre o recuo do preço, de forma oficial, o Sindicombustíveis diz desconhecer a informação, e ressalta que não faz acompanhamento de valores por expressa previsão legal. Por meio de sua assessoria, o sindicato ressaltou que seu único indicativo é a pesquisa oficial da Agência Nacional do Petróleo (ANP), disponível em https://preco.anp.gov.br, que inclusive, segundo a entidade, mostra o preço estável no Pará, com pequeno aumento desde meados de março. “De qualquer forma, a variação no preço é natural do mercado em que há liberdade de preços. Depende da análise de cada empresa de seus custos e oportunidades”, concluiu, em nota, a entidade.

Veja a trajetória dos preços da gasolina em março de 2022: 

  • 13/03 a 19/03: R$ 7,45
  • 20/03 a 26/03: R$ 7,38
  • 27/03 a 02/04: R$ 7,31
  • 03/04 a 09/04: R$ 7,35

Fonte: Sindicombustiveis/PA

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