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Pesquisa: paraense tem mais dívidas em fevereiro

Comparação com anos anteriores mostra alta do endividamento no Estado

Abílio Dantas
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O mês de fevereiro, no Pará, foi marcado pelo aumento do número de pessoas endividadas entre a população economicamente ativa do Estado. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta semana pela Federação do Comércio do Estado do Pará (Fecomércio-PA) afirma que, em comparação como o mesmo mês em 2018, a quantidade de cidadãos que possuíam algum tipo de dívida teve aumento de 10%, passando de 41% para 51%.

A parcela da renda comprometida com dívidas também aumentou, indo de 12,4%, no ano passado, para 23,7% neste ano. Já o número dos que não terão condição de pagar os débitos no próximo mês, no entanto, apresentou queda. No primeiro período pesquisado, o número chegou a 24,2%, enquanto neste ano foi de 15,5%. Também teve baixa o dado de contas em atraso: em 2018, 37,8%; e em 2019, 26,4%.

Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindlojas), Joy Colares, é necessário interpretar os dados da Peic a partir da compreensão de que endividamento não é o mesmo que inadimplência. “Você ter uma dívida não significa que você não está em dia com uma conta, por isso, vejo que esses dados são reflexos do facilitamento ao crédito que foi feito ainda no ano passado, no governo Temer. As pessoas passaram a comprar mais, de forma parcelada, por isso ainda estão comprometidas com as compras que fizeram no fim do ano”, opina.

O economista Luiz Feio, do Sindicato dos Economistas do Estado do Pará (Sindecon-PA), analisa o aumento do salário mínimo com uma das causas da alta de dívidas. “A elevação do salário, de R$ 954 para R$ 998, que passou a valer a partir de janeiro deste ano, não foi suficiente para que o trabalhador pudesse pagar as suas contas, como imaginava, pois não superou a inflação dos produtos que ele adquiriu no fim do ano”.

“Também penso que os gastos regulares do mês de janeiro também influenciam esse resultado. Quem tem filhos, precisa pagar as taxas dos colégios, o material escolar, por exemplo, e ainda tem os impostos como o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)”, completa Luiz Feio. A advogada Andresa Sousa não fez parte do grupo que fechou fevereiro com dívidas já que, há tempo, passou a pagar suas compras apenas à vista. “Não tenho cartão de crédito e, por isso, não faço mais dívidas como antes. No entanto, muitas vezes tenho que ajudar com contas da minha família. O que procuro fazer sempre é organizar uma tabela colocando o valor de quanto ganho e os gastos que vou ter,”, aconselha

 

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Economia
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