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Pescado: 90% das espécies subiram de preço no mês de janeiro, segundo o Dieese

Dieese, Sedap e Secon reuniram, nesta sexta-feira, para discutir estratégias para garantir pescado para a Semana Santa

Natália Mello

O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) afirmou, nesta sexta-feira (18), após divulgação de estudo sobre o preço do pescado no Pará, que 90% das espécies comercializadas subiram de preço no mês de janeiro. Os números foram discutidos em reunião conjunta com representantes da Secretaria Municipal de Economia (Secon) e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), que tratou de estratégias para garantir o abastecimento e o equilíbrio do preço do produto para a semana santa.

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Além dos pescados também foram encontradas carnes de dois jacarés, 66kg de carne de capivara, 15 patos selvagens e duas armas de fogo do tipo espingarda.

Segundo o Dieese, as pesquisas, realizadas em parceria com a Secon, revelam que, no mês de janeiro, a maioria do pescado pesquisado apresentou elevação de preços, com destaque para o Cação, que teve alta de 11,57%; Sarda, com alta de 8,71%; Pratiqueira, com alta de 8,61%; Filhote, com alta de 8,37%; Curimatã, com alta de 8,11%; Tucunaré, com alta de 8%; Dourada, com alta de 6,50%; Pescada Gó, com alta de 1,14%, e outros. As espécies que apresentaram recuo foram o Mapará (- 11,93%), Tamuatá (- 4,28%); Arraia (- 2,70%); Xaréu (- 1,53%); e Tainha (- 1,21%).

Nos últimos 12 meses, segundo o supervisor técnico do Dieese/PA, Roberto Sena, as altas foram constantes nos preços da maioria dos pescado comercializados em Belém, em alguns casos com reajustes superiores à inflação calculada para o período, estimada em torno de 10%.

“O pescado começa a subir em novembro, dezembro, e a tendência é de alta no preço nesse período, como a gente vem percebendo ao longo dos últimos anos. Em alguns momentos a alta é maior, alguns é menor, mas fechamos o ano com alta generalizada no preço do pescado e em janeiro novas altas aconteceram. Sendo assim, observamos que 90% do pescado subiu de preço no mês passado, alguns com pequenas altas, de 1%, 2%, outros com 9%, 5%. Nos 12 meses, foi quase generalizado o aumento, todos acima da inflação. E é difícil, porque o substituto da carne, que bateu recorde de aumento, é o pescado. Isso detona o processo da Semana Santa”, explicou Sena.

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Operação de agentes da Semas, Ideflor-Bio e Batalhão de Polícia Ambiental apreendeu também equipamentos, veículos, armas e madeira ilegal.

O supervisor técnico reforça a tendência de novos aumentos até a Semana Santa, o que vai depender de ações do Estado e do Município. “Para garantir o abastecimento, pode ser feito a Feira do Peixe, o decreto de proibição de saída do pescado de Belém e do Pará, ou os dois juntos. Ano passado tivemos decreto estadual e municipal com a proibição da saída do pescado da capital duas semanas antes da Semana Santa e chegamos no período com o preço do pescado mais possível para as pessoas”, concluiu Sena.

De acordo com o Dieese, uma nova reunião com a Secon e a Sedap ficou marcada para a semana seguinte ao carnaval, para serem divulgadas as ações a serem adotadas.

Últimos 12 meses

No acumulado do ano, os maiores aumentos de preços foram verificados nos seguintes tipos de pescados: Cação (+ 42,48%), Piramutaba (+ 32,44%), Pratiqueira (+ 30,61%); Pescada Gó (+ 25,84%); Tucunaré (+ 24,84%); Corvina (+ 23,19%); Camurim (+ 20,99%); Tainha (+ 16,60%); Sarda (+ 16,23%); Pescada Amarela (+ 14,44%); Surubim (+ 14,22%); Pescada Branca (+ 13,12%); Peixe Pedra (+ 12,06%); Tambaqui (+ 11,65%); Filhote (+ 11,08%); Dourada (+ 9,82%), e outros. Poucas espécies apresentaram reduções de preços, com destaque para o Pacu com queda de 9,97%, seguido da Arraia com queda de 7,41%; e do Xaréu, com queda de 4,54% (tabela 1).

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