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Paraenses que tentam viajar esbarram em passagens aéreas mais caras na pandemia

Só entre os meses de abril e junho deste ano, houve um aumento de 21,7% nas tarifas de voos nacionais, segundo a Anac

Elisa Vaz / O Liberal
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O preço das passagens aéreas subiu 56,8% nos últimos doze meses no Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como um dos impactos da crise econômica provocada pela covid-19, e, embora muitas pessoas já estejam retomando os planos de viagens, os altos valores têm sido um empecilho. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), só entre os meses de abril e junho deste ano, houve um aumento de 21,7% nas tarifas de voos nacionais. Os preços da Latam subiram 21,3%, os da Azul, 18,6%, e os da Gol, 15%, em relação ao mesmo período do ano passado, quando as passagens tiveram queda por conta da pandemia.

Juliany Leite e Vitório Neto são casados, empresários e trabalham com a venda de passagens aéreas, buscando os melhores preços para os seus clientes, por meio da Femaví Passagens Aéreas, empresa que oferta até 50% de desconto nas compras. Vitório explica que o crescimento nos preços de viagens foi notado, especialmente agora, perto do final do ano.

“A grande maioria dos destinos ficaram mais caros, principalmente para as regiões onde as pessoas mais costumam ir para turismo de férias, como Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife e outros. Nenhum local ficou mais barato para ir, porque houve uma grande procura para compras de passagens áreas, e as companhias estão recebendo uma demanda maior do que a oferta, por conta da malha aérea não está 100% ativa ainda”, afirma. Segundo Vitório, as vendas estão maiores para outros períodos, e não tanto para o fim do ano.

Proprietário da agência de viagens Mundial Turismo, Fábio Yamada também tem observado os altos preços de passagens aéreas de maneira geral. Segundo ele, isso ocorreu por vários motivos, e o principal é a diminuição da malha aérea, que ainda não voltou ao normal desde a redução por conta da covid-19. “Este primeiro motivo desencadeia os outros: diminuição da oferta, aumento de demanda e, consequentemente, alta de preços. O curioso é que, também por conta da pandemia e com o avanço da vacinação, as pessoas estão querendo viajar mais e, por mais que reclamem dos valores, não deixam de fazê-lo”, comenta o empresário.

Fábio pontua ainda que, recentemente, após o início da pandemia, o Brasil teve um “redescoberta” de alguns destinos que já eram populares e têm se tornado mais frequentes. Gramado, no Rio Grande do Sul; São Paulo; e Santarém, no Pará, que inclui a ilha de Alter do Chão; além as praias do Nordeste, têm sido as maiores procuras. Mais recentemente, ficou aquecido o mercado europeu, principalmente o de Lisboa e Paris, de acordo com o dono da agência.

Aumentos dependem do destino

Advogada, Lorenna Mesquita, de 25 anos, mora em Belo Horizonte, mas cresceu no Pará, onde os pais moram até hoje. Nos últimos anos, ela transformou as viagens em uma atividade frequente. Mesmo durante a pandemia da covid-19, Lorenna continuou viajando, seguindo protocolos: foi para a Espanha, Holanda, Grécia, Chipre, todos esses locais com preços bons de passagens, no mês de julho.

Porém, agora, ela conta que tem notado os altos preços das passagens internacionais. Para Portugal, por exemplo, que já tem fronteiras abertas para os brasileiros, houve um aumento de valores, mas dentro da Europa não – em alguns destinos, o custo é de 10 euros. Ela está no continente agora, a passeio.

“As viagens de avião pelo Brasil não estão mais baratas, então recentemente optei por viajar de carro com o meu namorado. Minha mãe está tentando comprar até agora para irmos a Balneário Camboriú no fim do ano e não consegue passagem com um bom custo benefício. E quando eu estava no Brasil, também não consegui ir ao Pará porque estava bem caro”, opina a jovem.

Recentemente, a médica Beatriz Lassance, de 26 anos, fez uma viagem – a primeira desde que a pandemia começou. Ela viajou para Alter do Chão, ilha localizada dentro do município de Santarém, no oeste paraense. Embora ela tenha ido no mês passado, a passagem foi comprada no mês de abril, em uma promoção. “Estava abaixo do que tinha visto outras vezes, já vinha pesquisando. Quando comprei, achei que estava mais barato que o normal”, afirma. Agora, Beatriz quer fazer uma viagem internacional, e o destino provável é o Egito, mas a médica ainda não começou a fazer pesquisas de preço, porque está aguardando editais para provas de residência.

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