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Alimentação e bebidas lideram inflação de Belém em janeiro; veja quais itens ficaram mais caros

Medidor oficial da inflação do país, IPCA foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Elisa Vaz
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Belém registrou alta de 0,41% na inflação de janeiro, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o medidor oficial da inflação do país e divulgado nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado ficou um pouco abaixo da média nacional, de 0,53%, e posicionou a capital paraense no décimo lugar entre as maiores inflações das regiões pesquisadas.

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De acordo com o economista Valfredo de Farias, o índice não foi “absurdo” para o cenário atual de consumo e, no ano, multiplicando, ficaria em torno de 5%, próximo à meta de inflação. “Não é um negócio tão ruim. Só temos que ver nos outros meses se vai começar a aumentar o preço de outras coisas. Aí sim vamos observar a inflação subindo ou se mantendo”, afirma. 

Segundo o especialista, o percentual de inflação dos próximos meses vai depender muito da política do Banco Central para redução dessa taxa e, também, de políticas governamentais. Valfredo adianta que a tendência é que se libere recurso financeiro por meio de empréstimos e de auxílios e, com muito dinheiro em circulação, a inflação pode ficar mais forte. “Deve haver alta”, opina o economista.

Alimentação puxou índice para cima

Entre os 50 itens que ficaram mais caros no mês passado na capital paraense, quase metade (24) pertence ao grupo de alimentação e bebidas. Os destaques no geral são a cenoura (19,03%), seguida da batata-inglesa (13,77%), peixe filhote (13,77%), açaí (12,8%), caranguejo (11,88%), TV por assinatura (11,78%), alface (11,33%), melão (9,31%), feijão carioca rajado (8,87%) e tomate (8,58%).

Valfredo lembra que “não há muito o que fazer” para evitar gastos com alimentação, mas ele indica que o consumidor faça pesquisas de preços antes de ir às compras, optando sempre pelo estabelecimento que tem valores mais em conta, além de aproveitar os dias de promoções em supermercados, como o dia da feira, da mercearia, da carne, do frango e outras oportunidades. Ao final do mês, é possível que os gastos sejam menores. Outra dica do economista é comprar em locais como a Central de Abastecimento do Pará (Ceasa), que tem preços mais baixos.

Já alguns dos produtos que ficaram mais baratos em janeiro são a cebola (-18,29%), seguida do perfume (-7,16%), cheiro-verde (-3,7%), produto para cabelo (-3,34%), bermuda/short infantil (-2,97%), móvel para quarto (-2,91%), passagem aérea (-2,85%), tempero misto (-2,69%), amaciante e alvejante (-2,61%) e alho (-2,58%).

Entendendo a inflação

Existem alguns fatores importantes na hora de entender a inflação, de acordo com Valfredo, e uma delas é a expectativa. O economista explica que, quando as pessoas imaginam que o preço da matéria-prima vai aumentar, muitas vezes já repassam os valores antes mesmo disso acontecer, o que é chamado de “inflação por expectativa”.

No caso dos alimentos, outra coisa que contribui para o aumento da inflação é a safra. “Por exemplo, o açaí. Quando está na safra é muito mais barato. E, quando está fora da safra, fica mais caro. Isso é a lei da oferta e da demanda: tem menos produto no mercado, logo, o seu preço fica maior. Isso acontece com outros produtos alimentícios. O que também impacta é a questão das safras perdidas - acontece muito em função de chuva, seca, geada e outros fenômenos. Geralmente, quando se perde uma safra, a tendência é que também se aumente os preços, porque vai haver menos produto no mercado e a lei da oferta e da demanda começa a agir de novo”, explica.

E, claro, somado a tudo isso, existe um fator mais simples: o aumento de custos da produção, a exemplo de fertilizantes, no caso de alimentos, mão de obra, energia e outras necessidades dos produtores. Tudo isso acaba sendo repassado ao consumidor final por meio do preço do produto nas prateleiras.

Confira os 50 itens que ficaram mais caros em Belém em janeiro:

  • Cenoura: 19,03%
  • Batata-inglesa: 13,77%
  • Peixe (filhote): 13,77%
  • Açaí (emulsão): 12,8%
  • Caranguejo: 11,88%
  • TV por assinatura: 11,78%
  • Alface: 11,33%
  • Melão: 9,31%
  • Feijão carioca (rajado): 8,87%
  • Tomate: 8,58%
  • Melancia: 7,09%
  • Abacaxi: 5,8%
  • Feijão preto: 5,65%
  • Maçã: 4,76%
  • Aluguel de veículo: 4,6%
  • Costureira: 4,44%
  • Uva: 4,17%
  • Queijo: 4,14%
  • Peixe (dourada): 3,94%
  • Livro didático: 3,9%
  • Médico: 3,84%
  • Atividades físicas: 3,81%
  • Utensílios de vidro e louça: 3,69%
  • Alimento para animais: 3,59%
  • Acém: 3,46%
  • Vestido infantil: 3,37%
  • Músculo: 3,3%
  • Combo de telefonia, internet e tv por assinatura: 3,24%
  • Peito: 3,23%
  • Bolsa: 3,16%
  • Sapato feminino: 3,09%
  • Linguiça: 3,02%
  • Ônibus interestadual: 2,83%
  • Tratamento de animais (clínica): 2,73%
  • Pá: 2,63%
  • Banana prata: 2,6%
  • Hospitalização e cirurgia: 2,59%
  • Detergente: 2,54%
  • Autoescola: 2,53%
  • Telha: 2,5%
  • Produto para unha: 2,49%
  • Sabonete: 2,38%
  • Brócolis 2,23%
  • Cerveja 2,16%
  • Conserto de aparelho celular: 2,15%
  • Mochila: 2,13%
  • Emplacamento e licença: 2,13%
  • Fralda descartável: 2,12%
  • Iogurte e bebidas lácteas: 2%
  • Ar-condicionado: 1,95%

Confira os 50 itens que ficaram mais baratos em Belém em janeiro:

  • Cebola: -18,29%
  • Perfume: -7,16%
  • Cheiro-verde: -3,7%
  • Produto para cabelo: -3,34%
  • Bermuda/short infantil: -2,97%
  • Móvel para quarto: -2,91%
  • Passagem aérea: -2,85%
  • Tempero misto: -2,69%
  • Amaciante e alvejante: -2,61%
  • Alho: -2,58%
  • Jóia: -2,52%
  • Óleo diesel: -2,48%
  • Filé-mignon: -2,24%
  • Leite longa vida: -2,12%
  • Neurológico: -2,06%
  • Caldo de tucupi: -2%
  • Leite condensado: -1,97%
  • Frango inteiro: -1,96%
  • Vestido: -1,95%
  • Camisa/camiseta infantil: -1,9%
  • Abacate: -1,89%
  • Frango em pedaços: -1,89%
  • Milho-verde em conserva: -1,76%
  • Lingerie: -1,76%
  • Produto para barba: -1,73%
  • Manicure: -1,59%
  • Bolo: -1,58%
  • Ovo de galinha: -1,57%
  • Leite em pó: -1,56%
  • Produto para pele: -1,51%
  • Condomínio: -1,5%
  • Óleo de soja: -1,49%
  • Lagarto redondo: -1,46%
  • Calça comprida feminina: -1,46%
  • Móvel para copa e cozinha: -1,42%
  • Artigos de maquiagem: -1,41%
  • Artigos de iluminação: -1,38%
  • Papel higiênico: -1,28%
  • Carvão vegetal: -1,25%
  • Gás de botijão: -1,25%
  • Exame de laboratório: -1,15%
  • Psicotrópico e anorexígeno: -1,14%
  • Óleo lubrificante: -1,13%
  • Carne-seca e de sol: -1,03%
  • Cueca: -1,01%
  • Automóvel usado: -1,01%
  • Chocolate e achocolatado em pó: -0,96%
  • Tênis: -0,93%
  • Alimento infantil: -0,91%
  • Brinquedo: -0,95

Confira a variação por grupo em Belém:

  • Alimentação e bebidas: 1,11%
  • Habitação: -0,23%
  • Artigos de residência: 0,19%
  • Vestuário: 0,33%
  • Transportes: 0,33%
  • Saúde e cuidados pessoais: -1,12%
  • Despesas pessoais: 0,87%
  • Educação: 0,47%
  • Comunicação: 2,46

Fonte: IBGE

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