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Foliões precisam estar atentos para evitar cair em golpes durante o Carnaval

Especialista dá dicas para que o brincante possa se proteger e não ter dor de cabeça na folia 

O Liberal
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Com a proximidade do período de Carnaval e os desfiles de blocos temáticos, como já está ocorrendo em Belém e em diversas cidades do Estado, muitos criminosos têm se aproveitado para aplicar diferentes tipos de golpes nos foliões mais desatentos, sobretudo no que diz respeito à utilização de cartões de crédito e do pix, o sistema de pagamentos instantâneos. A advogada especialista em Direito do Consumidor, Paolla Santiago Piedade, dá algumas dicas para quem pretende curtir as festas dessa época sem ter dor de cabeça com essas questões. A primeira delas é, se possível, não levar cartões para essas comemorações e priorizar o dinheiro em espécie. 

“Com o dinheiro em espécie, você não tem como cair em qualquer tipo desses golpes. Mas, se não for possível e você tiver que levar o cartão, evite manter ativado o pagamento por aproximação, tanto via celular, quanto relógio ou qualquer aparelho eletrônico que ofereça esse serviço. Porque, nesses momentos de folia, essa facilidade acaba se tornando um risco para a pessoa. Se for levar o celular, opte por excluir os aplicativos de bancos, pois, em caso de roubo ou furto do aparelho, o criminoso não vai ter como saber em qual instituição bancária aquela pessoa tem conta, então, fica muito mais difícil de aplicar o golpe”, detalha. 

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Caso a pessoa não tenha feito esse procedimento e o celular seja roubado ou furtado, o ideal é comunicar imediatamente aos bancos, para evitar um golpe ainda maior. “É preciso comunicar imediatamente ao banco e fazer Boletim de Ocorrência, até porque alguns bancos vão pedir o Boletim para tomar algumas providências e fazer o bloqueio das contas. O cliente também precisa guardar o protocolo dessa informação, porque, caso aconteça alguma coisa mesmo após a comunicação, o banco tem que ser responsabilizado”, alerta. 

A advogada também chama a atenção para o momento em que a pessoa, que esteja portando um cartão de crédito ou de débito, vai fazer o pagamento de alguma coisa. É preciso prestar muita atenção no valor digitado pelo vendedor na máquina de cartão. “O cidadão precisa prestar atenção e confirmar esse valor. Nunca digitar a senha, por exemplo, sem confirmar o valor que foi cobrado. Às vezes, o vendedor mostra apenas a parte de confirmar a senha, mas o cliente precisa ver também qual o valor que está sendo passado no cartão”, completa. 

Outro cuidado interessante é sempre identificar o seu cartão, com um adesivo, por exemplo, para evitar que ele possa ser trocado por um outro parecido, como alguns criminosos têm feito agora. “Você pode colar uma figurinha ou um adesivo no cartão, colocar alguma coisa que identifique esse cartão, para evitar que ele seja trocado na hora em que você for fazer algum pagamento. O criminoso acaba ficando com o cartão da pessoa e dá um cartão parecido para ela e, na hora da correria, a pessoa não percebe”, justifica. 

Paolla também lembra a importância de se evitar clicar, no celular, em qualquer link suspeito ou mesmo site cuja procedência não seja verificada. “É fundamental realmente evitar entrar em qualquer tipo de link que seja duvidoso, assim como SMS que seja enviado. Sempre optar por pegar as informações por meio do site oficial ou dos canais oficiais daquela empresa, banco, instituição, etc. Devemos evitar compartilhar link, clicar em link, passar qualquer tipo de informação assim, por SMS, seja mensagem no WhatsApp, seja e-mail, seja em qualquer lugar”, finaliza. 

Boletim de Ocorrência

Mesmo com todos esses cuidados, se ainda assim a pessoa cair em algum tipo de golpe ou for lesada, ela precisa ir até a delegacia e registrar o Boletim de Ocorrência, além de entrar em contato com as instituições bancárias ou operadora de cartão de crédito para comunicar o ocorrido. “Precisa fazer esse contato para que sejam bloqueadas as contas e os cartões. A partir daí, o próximo papo seria mesmo procurar um advogado, que é o especialista que vai orientar os próximos passos”, destaca. 

Social mídia caiu no golpe da fatura

A social mídia Paula Ribeiro, de 34 anos, não estava curtindo o Carnaval, mas caiu, nesse período, no golpe da fatura do cartão de crédito. Ela conta que tinha uma fatura em atraso e alguém entrou em contato com ela para supostamente negociar a dívida. Os golpistas confirmaram com ela os dados, enviaram um boleto por email e ela fez o pagamento. Só percebeu que tinha caído em um golpe 20 dias depois, quando checou que a fatura, de fato, não havia sido paga. 

“Recentemente, mandaram mensagens para alguns contatos da minha família com a minha foto, se passando por mim. Eu imediatamente entrei em contato com o número e disse que ia na delegacia fazer uma denúncia, daí pararam. Mas o número ainda continua com a minha foto. Isso se trata de um programa que consegue captar todos os contatos de um Whatsapp, por exemplo. Daí, eles copiam os contatos que estão mais fáceis, como pai, mãe, tio, etc, e saem dando os golpes”, lamenta. 

Confira algumas dicas de segurança de especialistas para evitar cair em golpes durante o Carnaval: 

  • Evite levar cartões de crédito para a folia

  • Se possível, tenha apenas uma quantia em dinheiro

  • Caso leve cartões, desative o pagamento por aproximação

  • Quanto ao aparelho celular, desinstale os aplicativos de bancos, quando for para a folia

  • Caso seja roubado ou lesado, comunique imediatamente à polícia e às instituições bancárias ou operadoras de cartão de crédito

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