Fim de feira tem preços até 30% mais baixos que nos horários de pico
Promoções variam conforme a dinâmica de cada seguimento

Em busca de preço mais atrativos, consumidores de Belém se aventuram nos horários de encerramento das feiras de Belém, quando os vendedores costumam abrir espaço para negociações sobre os produtos remanescentes, momento conhecido como “xepa”. No complexo do Ver-o-Peso, por volta das 13h, a autônoma Silvana Oliveira, que sempre compra na feira, tentou promoções na tarde desta quinta-feira (24), mas não encontrou tantas opções de preços abaixo da média. Diferentes ambientes, como o mercado de peixe ou a área de frutas e verduras, possuem horários e dinâmicas específicas, o que influência na hora de fechamento e nas promoções, com preços que chegam a 30% de desconto.
A consumidora explica que já comprou mais barato no horário de menos fluxo da feira outras vezes, por isso, acredita que nesta tarde, a dificuldade se relaciona com o período junino. Para ela, as comemorações do mês de junho, que envolve o preparo de pratos típicos, tem segurado os preços e evitado promoções.
“Para ser sincera, até tentei negociar, mas o amigo aqui pisou mesmo o pé no preço. Geralmente seria dessa forma, mas eu acho que por serem produtos de época, eles estão tentando manter o valor. Acho que é mais pelo período mesmo que está mais caro”, explica Oliveira.
No caso das verduras e legumes, o vendedor Anderson Brito, com mais de vinte anos de experiência no segmento, explica que o “fluxo de clientes reduz a partir das 12h”. Nesse período do dia, ele costuma fazer mais negociações com os clientes ofertando descontos a cada três produtos ou valores abaixo da média do dia. O objetivo é evitar que a sobra de mercadoria ao máximo, para chegar a um bom faturamento.
Ele exemplifica que um maço de couve, que sairia em média a R$ 5, pode ser comprado em três unidades por R$ 10, por exemplo. O principal públicos nesse horário, segundo Brito, são as pessoas que não possuem outros horários disponíveis para fazer feira. Por isso, conta que permanece no seu quiosque até às 16h, todos os dias, atendendo a necessidade dessa clientela.
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Além das hortaliças, algumas proteínas comercializadas no complexo também possuem sua própria dinâmica de venda. No mercado do peixe, a parti das 13h, os peixeiros começam a guardar a mercadoria que não foi vendida e lavar o espaço. O pescado é vendido de segunda a quinta-feira, até às 13h, e dias de sexta e sábado até as 12h.
Para o peixeiro Raimundo Quaresma, os peixes que mais costumam sobrar nas vendas são: gó, tamuatá e filé, com preços que variam entre R$ 20 e R$ 25. Enquanto os mais procuradas são os filés de dourada. Segundo ele, mais cedo os preços são mais altos, e, após, recebem uma redução de aproximadamente 30% perto da hora do encerramento, saindo de R$ 30, para cerca de R$ 20, por exemplo.
“Perto do fim do expediente abaixa um pouco, mas cedo é bom também. Também tem dias que acaba cedo, hoje sobrou, mas ontem não teve. As promoções são sempre nessa faixa de R$ 10 a R$ 5”, explica Quaresma.
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